TUBERCULOSE NAS POPULAÇÕES RESIDENTES NOS MUNICÍPIOS DE CAMPINÁPOLIS, ÁGUA BOA, NOVA XAVANTINA-MT INDÍGENA E NÃO INDÍGENA DOS ANOS DE 2006 A 2017

A tuberculose merece especial cuidado dos profissionais de saúde e da população pela sua grande intensidade no índice de morbidade. O estudo analisou a incidência e os fatores associados aos casos de tuberculose na população indígena e população não indígena da TI de Parabubure nos anos de 2006 a 2017. Metodologia: estudo epidemiológico, descritivo e retrospectivo dos casos ativos de tuberculose registrados nos municípios da TI de Parabubure e estudo ecológico do tipo temporal, das taxas de incidência dos casos ativos de tuberculose na população geral e no grupo raça/cor indígena e não indígena. Resultados: Mulheres indígenas (51,81%) foram mais acometidas em relação a não indígenas (25,58%). Na relação do sexo, o masculino é os mais acometidos pelo agravo sendo os não indígenas (74,42%) maiores em relação aos indígenas (48,19%), por faixa etária, em adultos jovens 20,47% em indígenas, e 31,01% entre os não indígenas. Por zona de residência as areas rurais teve 98,91% em indígenas, sendo que esta proporção diferiu da proporção de casos em não indígenas também residentes em zona rural (26,56%). Existiu uma maior concentração de casos de tuberculose para não indígenas residentes em zona urbana (72,66%). Conclusão: Este estudo revelou uma alta incidência de casos ativos de tuberculose, com especial ênfase na população indígena adultos jovens. Identificou-se uma relação direta entre o elevado número de casos e as desigualdades socioeconômicas, condições de vida precárias e dificuldades no acesso aos serviços de saúde, resultando em uma significativa carga de tuberculose entre os indígenas.