AGRICULTORAS FAMILIARES E COOPERATIVAS: UM ESTUDO SOBRE AS RELAÇÕES VIVIDAS NO SUL DE MINAS GERAIS

Esta pesquisa analisa a participação e a perspectiva das agricultoras familiares no contexto cooperativista no sul de Minas Gerais. Destaca-se o envolvimento dessas mulheres em seus empreendimentos rurais, abrangendo desde a produção até a gestão financeira. O estudo revisita a origem do modelo cooperativista até os dias atuais, considerando uma pesquisa e referenciais teóricos. Essa abordagem é fundamentada no fato de que as mulheres têm superado barreiras culturais e econômicas nesse mercado, integrando suas ações dentro de suas unidades produtivas e os diferentes modelos de gestão aplicados. O objetivo principal é identificar as vantagens e desvantagens que influenciam a decisão das agricultoras familiares em se associarem a uma cooperativa, e como essa escolha contribui para a gestão de suas propriedades rurais. Para essa análise, foi realizada uma pesquisa qualitativa, possibilitando uma compreensão mais profunda das razões por trás de suas escolhas, seus métodos de gestão, como a dificuldade no acesso a recursos financeiros específicos para elas, o papel dos homens e a estrutura patriarcal que influencia suas escolhas e a ausência de informação sobre políticas públicas voltadas para a agricultura familiar. Além disso, ficou evidente a questão da sucessão familiar nos negócios e a falta de união entre as agricultoras para tomar decisões importantes. A pesquisa forneceu uma visão do cenário das agricultoras familiares cooperadas pesquisadas, mas também destaca a necessidade de mais suporte, informação e inclusão para essas mulheres no sistema cooperativista e na gestão de suas propriedades rurais.