NIETZSCHE E AS TERAPIAS HELENISTAS: ESTÓICOS E EPICURISTAS COMO PRECURSORES DO CRISTIANISMO
O presente artigo tem como foco a relação ambivalente de Nietzsche com os filósofos do período helenista, em particular os estóicos e os epicuristas. Mais concretamente, procuraremos determinar por que razão, apesar da extraordinária influência que estas escolas exerceram no seu pensamento, Nietzsch...
Gespeichert in:
Veröffentlicht in: | Philósophos (Samambaia, Brazil) Brazil), 2017-01, Vol.21 (2), p.161 |
---|---|
1. Verfasser: | |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng |
Online-Zugang: | Volltext |
Tags: |
Tag hinzufügen
Keine Tags, Fügen Sie den ersten Tag hinzu!
|
Zusammenfassung: | O presente artigo tem como foco a relação ambivalente de Nietzsche com os filósofos do período helenista, em particular os estóicos e os epicuristas. Mais concretamente, procuraremos determinar por que razão, apesar da extraordinária influência que estas escolas exerceram no seu pensamento, Nietzsche se lhes viria a opor tão violentamente na fase mais tardia da sua obra. Seguindo o trilho da avaliação que Nietzsche faz destes filósofos terapeutas enquanto, ele próprio, "médico da cultura", verificaremos que as principais críticas de Nietzsche a estas escolas são muito semelhantes às que dirigiria ao cristianismo e vão ao encontro da própria ideia de terapia, tal como tradicionalmente concebida. Defenderemos que Nietzsche vê os filósofos helenistas como importantes precursores do cristianismo, responsabilizando-os pela criação do enquadramento e mundividência sem os quais este não se teria podido desenvolver. Tanto estóicos como epicuristas se revelam, assim, "pseudo-médicos", razão pela qual, como concluiremos, Nietzsche os vê como promotores fundamentais do niilismo que diagnostica na cultura ocidental. |
---|---|
ISSN: | 1414-2236 1982-2928 |
DOI: | 10.5216/phi.v21i2.43133 |