SAÚDE BUCAL NO AMBIENTE HOSPITALAR: RELEVÂNCIA, RESISTÊNCIA E DESDOBRAMENTOS – REVISÃO DA LITERATURA

O objetivo deste trabalho foi caracterizar as ações no campo da Odontologia Hospitalar, bem como os desdobramentos possíveis em uma realidade na qual os pacientes tenham a assistência direta de um cirurgião-dentista durante sua internação. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, com a seguinte pergunta norteadora “como a higiene bucal pode contribuir nas condições de saúde de pacientes hospitalizados?”. As chaves de busca foram os termos “patients hospitalized”, “ICU” e “dentistry”, empregando o operador booleano “and”, nas bases de dados Scielo e PUBMED. Foram incluídos artigos publicados entre os anos de 2017 e 2022, na língua inglesa e portuguesa e disponíveis na íntegra, e excluídos trabalhos da literatura cinzenta. Após aplicação dos critérios de inclusão, 8 artigos foram selecionados para a análise qualitativa. A presença de um cirurgião-dentista, associada a um protocolo de higienização constante químico-mecânico, com uso de Clorexidina 0,12%, favorece a condição sistêmica do paciente internado, pode reduzir o tempo de internação, e reduz as taxas de infecções hospitalares. Fatores como a posição do paciente no leito por longos períodos, principalmente sob ventilação mecânica podem impactar negativamente na condição de saúde bucal tornando tais pacientes, os clientes preferenciais dos cuidados odontológicos durante a internação. Mais estudos são necessários para que se tenha evidências científicas robustas da relação causa-efeito das ações de saúde bucal sobre o tempo de internação e consequente redução de gastos, além de proporcionar maior homogeneidade nos protocolos de higienização oral de pacientes hospitalizados.