loucura da linguagem em Água viva, de Clarice Lispector, à luz da ontologia literária de Foucault
Este trabalho investiga de que forma a manifestação literária de Água Viva (2015), de Clarice Lispector, à luz da ontologia literária foucaultiana, patenteia algumas das reflexões do pensador francês acerca da relação entre loucura e literatura e as formas de transgressão da linguagem pela qual a ob...
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Veröffentlicht in: | Miguilim : revista eletrônica do NETLLI 2023-11, Vol.12 (2), p.134-154 |
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Hauptverfasser: | , |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng |
Online-Zugang: | Volltext |
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Zusammenfassung: | Este trabalho investiga de que forma a manifestação literária de Água Viva (2015), de Clarice Lispector, à luz da ontologia literária foucaultiana, patenteia algumas das reflexões do pensador francês acerca da relação entre loucura e literatura e as formas de transgressão da linguagem pela qual a obra literária realiza, no espaço de linguagem em que se insere, herdado do indicativo da morte, um movimento decorrente do confronto com a natureza autoimplicada, dupla e vazia que é comum à linguagem literária e à loucura (FOUCAULT, 1972; 2002; 2009). Nomeadamente, procura-se identificar de que modo a obra em questão se configura enquanto fenômeno de autorrepresentação da linguagem, como essa linguagem se reduplica e quais indicações ontológicas são identificáveis na narrativa. Sem pretensões de uma análise minuciosa da obra, reflete-se sobre o movimento incessante de autoindicação ontológica através do qual se dá a representação no texto clariceano, bem como sobre a presença de características das linguagens a que Foucault definiu como: ‘insensata’; ‘que pronuncia palavras sacralizadas’; e ‘que convenciona palavras interditas’. Por fim, reflete-se sobre o efeito que a loucura da linguagem em Água Viva (2015) exerce sobre a experiência leitora. |
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ISSN: | 2317-0433 2317-0433 |
DOI: | 10.47295/mgren.v12i2.475 |