Paisagens, turismo e as múltiplas escalas geográficas do olhar
O olhar ainda é o sentido humano predominante na experiência das paisagens, embora essa seja multissensorial. As paisagens convivem no confronto dialógico entre sujeito/objeto, distância/proximidade, olhar/Terra. Buscamos aqui uma interface entre aportes da Geografia Humanista-Cultural e os Estudos...
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Veröffentlicht in: | Boletim de geografia 2022-05, Vol.40, p.21-36 |
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Hauptverfasser: | , |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng |
Online-Zugang: | Volltext |
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Zusammenfassung: | O olhar ainda é o sentido humano predominante na experiência das paisagens, embora essa seja multissensorial. As paisagens convivem no confronto dialógico entre sujeito/objeto, distância/proximidade, olhar/Terra. Buscamos aqui uma interface entre aportes da Geografia Humanista-Cultural e os Estudos Turísticos, pautando-nos na Complexidade em Edgar Morin. Diante disso, este ensaio teórico tem como objetivo precípuo retomar a discussão em torno da escala geográfica no estudo, na percepção, na narrativa e/ou na representação das paisagens, dentro dos marcos das geografias do olhar e dos regimes de visibilidade vigentes (GOMES, 2013). Para isso, lançamos mão de pesquisa qualitativa bibliográfica, de caráter exploratório. Tencionamos geografizar o olhar, por meio da revisitação, ressignificação e contemporização das ideias atinentes, articuladas e re-sistematizadas em rede conceitual. Ressaltamos que a visão faz parte do corpo e, como tal, torna-se prática ocular, na qual concorre a psicofisiologia do olhar, e, também, os condicionamentos socioculturais e cânones estéticos. As paisagens são também praticadas e performadas. No campo do saber-fazer Turismo e das mobilidades dele decorrentes, parecem ser necessários novos paradigmas do olhar para as paisagens, que incorporem o movimento, a temporalidade, a fluidez como atributos que não se afastam do que se entende por paisagem classicamente, mas que questionem e acenem para novos modos de ver e de ser paisagem. A escala geográfica mostra-se decisiva na intelecção das múltiplas facetas, apresentações e experiências paisagísticas, quer por turistas/visitantes, quer não. Esse conceito coloca a paisagem em movimento e acrescenta novas camadas de significado e novas possibilidades de leitura interescalar. Por fim, lançamos questionamentos acerca das limitações do olhar para as paisagens e de seus distintos dimensionamentos escalares, desde o corpo dos sujeitos que as experenciam, alcançando as cosmografias. |
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ISSN: | 0102-5198 2176-4786 |
DOI: | 10.4025/bolgeogr.v40.a2022.e59394 |