Políticas culturais de museus em Portugal: ciclos e processos de reflexão estratégica participada

Podem ser identificados dois ciclos nas políticas culturais no Portugal democrático: um de crescimento até 2008 e outro, posterior, de crise. Neste artigo, em que coloco o foco analítico nas políticas públicas de museus, sustento que parece desenhar-se um novo ciclo de crescimento a partir de 2019....

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Veröffentlicht in:Midas (Évora) 2021, Vol.13
1. Verfasser: Neves, José Soares
Format: Artikel
Sprache:eng
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Zusammenfassung:Podem ser identificados dois ciclos nas políticas culturais no Portugal democrático: um de crescimento até 2008 e outro, posterior, de crise. Neste artigo, em que coloco o foco analítico nas políticas públicas de museus, sustento que parece desenhar-se um novo ciclo de crescimento a partir de 2019. Com esta hipótese em mente revisito, numa abordagem comparativa a partir da bibliografia disponível e da análise documental, em especial legislação, duas iniciativas emblemáticas de reflexão – a Estrutura de Projeto que viria a criar a Rede Portuguesa de Museus (RPM) em 2000 e o Grupo de Projeto Museus no Futuro, criado em 2019. Concluo que pensamento estratégico participado e financiamento são algumas das principais bases de sustentação das políticas públicas centrais de museus neste novo ciclo. Trata-se de um ciclo agora mais direcionado para os museus, palácios e monumentos com tutela da cultura, mas sem esquecer o panorama museológico nacional, ou seja, a ação da RPM por via da defesa da sua revitalização. Refiro a este propósito duas grandes orientações de políticas culturais – democracia cultural, que associo à RPM, e democratização da cultura, no qual se filiará predominantemente o GPMF – e o paradigma participativo nas políticas públicas, presente em ambas. Two cycles of cultural policies can be identified in democratic Portugal: one of growth until 2008 and another, afterwards, of crisis. In this article, in which I place the analytical focus on public policies for museums, I argue that a new cycle of growth seems to be drawn as from 2019. With this hypothesis in mind I revisit, in a comparative approach from the available literature and document analysis, especially legislation, two emblematic initiatives to reflect upon – the Project Structure that would lead to the foundation of the Portuguese Museum Network (RPM) in 2000, and the Museums in the Future Project Group in 2019. I conclude that participatory strategic thinking and funding are some of the main bases for sustaining the central public policies for museums in this new cycle. It is a new cycle more directed towards museums, palaces, and monuments under the tutelage of culture, but without forgetting the national museological panorama, i.e., the RPM's action through the defence of its revitalisation. In this regard, I discuss in more detail two major orientations of cultural policies – cultural democracy, which I associate with the RPM, and democratisation of culture, to which the GPMF is pred
ISSN:2182-9543
2182-9543
DOI:10.4000/midas.2956