Saberes e fazeres do povo de axé na universidade

Este trabalho tem como ponto de partida a disciplina “Catar folhas, saberes e fazeres do povo de axé”, ministrada por quatro mestras(es) negras(os) e ligadas a diferentes vertentes de religiões afro-brasileiras de Minas Gerais. O texto inclui também alguns episódios de outras disciplinas protagoniza...

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Veröffentlicht in:Anuário antropológico 2024, Vol.49 n.3
1. Verfasser: Rose, Isabel Santana de
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:Este trabalho tem como ponto de partida a disciplina “Catar folhas, saberes e fazeres do povo de axé”, ministrada por quatro mestras(es) negras(os) e ligadas a diferentes vertentes de religiões afro-brasileiras de Minas Gerais. O texto inclui também alguns episódios de outras disciplinas protagonizadas por mestras dos saberes tradicionais negras dentro do Programa de Formação Transversal em Saberes Tradicionais da UFMG. Com base nesses exemplos empíricos, abordo algumas possíveis contribuições dos encontros de saberes para repensar, de uma forma ampla, as práticas de ensino, pesquisa e extensão dentro das universidades, bem como para discutir temas mais amplos incluindo racismo, epistemicídio e reparação história. Em um contexto político marcado pelos crescentes ataques à educação e às universidades públicas, ressalto a importância das políticas de ações afirmativas e da presença tanto das mestras dos saberes tradicionais quanto dos conhecimentos e epistemologias afro e indígenas no ambiente acadêmico. This text is grounded in the experience of the course “Catar folhas: knowledge and practices from the people of axé” taught by four black experts in traditional knowledge connected to different Afro-Brazilian religious lineages in Minas Gerais. I also discuss some episodes from other courses taught by black experts in traditional knowledge in the context of the Transversal Formation Program in Traditional Knowledge (Programa de Formação Transversal em Saberes Tradicionais) from the Federal University of Minas Gerais (UFMG, Belo Horizonte, Brazil). Based on these empirical examples, I reflect on some of the contributions from the knowledge encounters project toward broad transformations in teaching, research, and extension practices within Brazilian universities. I also reflect on the potential contributions of these initiatives to address broader topics such as racism, epistemicide, and historical reparations. In a political context characterized by growing attacks on education and public universities, I intend to highlight the relevance of affirmative action policies and the importance of the experts in traditional knowledge and the Afro and Indigenous epistemologies in academic settings.
ISSN:0102-4302
2357-738X
DOI:10.4000/12ywz