CIRURGIA DE EMERGÊNCIA EM PACIENTES IDOSOS: ABORDAGENS E COMPLICAÇÕES ESPECÍFICAS DESSA POPULAÇÃO
O envelhecimento populacional traz desafios crescentes para a prática cirúrgica, uma vez que a mortalidade e morbidade aumentam significativamente com a idade, especialmente em cirurgias de emergência. Embora muitos idosos mantenham boa qualidade de vida após cirurgias, as taxas de mortalidade em ci...
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Veröffentlicht in: | Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences 2024-09, Vol.6 (9), p.3113-3124 |
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Hauptverfasser: | , , , , , , , , , , , , |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng |
Online-Zugang: | Volltext |
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Zusammenfassung: | O envelhecimento populacional traz desafios crescentes para a prática cirúrgica, uma vez que a mortalidade e morbidade aumentam significativamente com a idade, especialmente em cirurgias de emergência. Embora muitos idosos mantenham boa qualidade de vida após cirurgias, as taxas de mortalidade em cirurgias emergenciais podem variar de 15% a 30%, com maior risco em pacientes frágeis. A fragilidade, caracterizada por declínios fisiológicos, é um preditor mais robusto de desfechos negativos do que a idade cronológica. No entanto, ainda não há consenso sobre a melhor forma de medir e diagnosticar a fragilidade, apesar da sua importância para prever complicações pós-operatórias. Este estudo baseou-se em uma revisão sistemática focada nas particularidades e complicações das cirurgias em pacientes idosos. A pesquisa utilizou bases de dados como PubMed e LILACS, concentrando-se em estudos dos últimos 10 anos que analisam mortalidade, morbidade e fragilidade em pacientes com mais de 65 anos submetidos a cirurgias eletivas ou de emergência. A análise incluiu a participação de cirurgiões gerais, geriatras e equipes multidisciplinares, destacando a importância de uma abordagem pré-operatória focada na fragilidade e comorbidades. Foram identificados inicialmente 120 estudos, dos quais 5 foram selecionados para a análise final por atenderem aos critérios de inclusão. A revisão indicou que a fragilidade é um preditor robusto de resultados adversos, incluindo aumento da mortalidade em 30 dias, 90 dias e 1 ano após a cirurgia. Pacientes frágeis apresentaram um risco até quatro vezes maior de complicações, como infecções e insuficiência renal. Além disso, houve maior tempo de internação e maior necessidade de cuidados de longo prazo. Poucos estudos abordaram a qualidade de vida e o declínio funcional pós-operatório, mas aqueles que o fizeram confirmaram a associação da fragilidade com pior recuperação. A fragilidade emergiu como um fator crítico na avaliação de risco para cirurgias em idosos. Sua inclusão na avaliação perioperatória pode ajudar a prever complicações e orientar melhor as decisões cirúrgicas. Uma abordagem multidisciplinar, envolvendo especialistas geriátricos, é recomendada para melhorar os desfechos cirúrgicos, embora o acesso a esses recursos seja limitado. O estudo reforça a importância de um planejamento cirúrgico personalizado, focado na qualidade de vida, para otimizar os resultados em uma população idosa em crescimento. |
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ISSN: | 2674-8169 2674-8169 |
DOI: | 10.36557/2674-8169.2024v6n9p3113-3124 |