Painel epidemiológico dos óbitos por eclâmpsia na mulheres brasileiras entre 2019 e 2021

A eclâmpsia é uma complicação severa da pré-eclâmpsia caracterizada por convulsões em mulheres grávidas sem histórico de distúrbios convulsivos, ocorrendo geralmente após a 20ª semana de gestação e podendo persistir após o parto. É um estado crítico que afeta tanto a mãe quanto o feto, sendo mais co...

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Veröffentlicht in:Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences 2024-09, Vol.6 (9), p.1084-1096
Hauptverfasser: Falcão Vidotti, Ana Laura, Carvalho Tacão, Letícia, de Oliveira Moreira, Paulo Henrique, Asonuma Teixeira, Thainá, Peixoto Lopes, Talita, Fernandes Martins, Manuella, Bernardes Henriques Amaral, Ana Luiza, Brito de Almeida Neto, Tibiriçá, Lopes Gonçalves, Gilberto, Mafra de Oliveira, Ítalo
Format: Artikel
Sprache:eng
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Beschreibung
Zusammenfassung:A eclâmpsia é uma complicação severa da pré-eclâmpsia caracterizada por convulsões em mulheres grávidas sem histórico de distúrbios convulsivos, ocorrendo geralmente após a 20ª semana de gestação e podendo persistir após o parto. É um estado crítico que afeta tanto a mãe quanto o feto, sendo mais comum em gestações múltiplas e mulheres com histórico de hipertensão ou doença renal. A eclâmpsia é uma causa significativa de mortalidade materna mundialmente, incluindo no Brasil, onde variações na prevalência refletem disparidades no acesso à saúde e qualidade do atendimento pré-natal. O objetivo deste estudo é analisar os óbitos por eclâmpsia em mulheres brasileiras entre 2019 e 2021, buscando identificar padrões geográficos, fatores de risco prevalentes e relações com outras comorbidades para orientar políticas públicas e estratégias de prevenção. Foi realizada uma análise epidemiológica quantitativa e retrospectiva com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), usando o software Microsoft Excel 2019 para manipular e analisar variáveis demográficas e clínicas. A pesquisa utilizou dados secundários de domínio público, não requerendo submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa. O estudo revelou que entre 2019 e 2021 houve uma flutuação nos óbitos por eclâmpsia no Brasil, com maior incidência na região Nordeste e entre mulheres na faixa etária de 30 a 34 anos. Etnias com maior número de óbitos incluíram mulheres pardas e amarelas, e a maior parte dos óbitos ocorreu em hospitais. A discussão nos estudos destacou que a eclâmpsia é uma condição com complexa fisiopatologia envolvendo disfunção endotelial e vasoconstrição devido à hipertensão. Os fatores de risco como idade materna avançada, obesidade, e fatores socioeconômicos como baixo nível educacional são significativos. A necessidade de uma abordagem preventiva e de melhorias no sistema de saúde para reduzir a mortalidade por eclâmpsia foi enfatizada. Este estudo sublinha a importância de políticas públicas eficazes e campanhas educacionais para melhorar o reconhecimento e o tratamento da pré-eclâmpsia e eclâmpsia. A colaboração entre diferentes setores é crucial para mitigar os riscos e melhorar os desfechos de saúde materna, promovendo maior equidade no acesso a recursos de saúde essenciais e uma abordagem multidimensional que considere as especificidades socioculturais das mulheres afetadas.
ISSN:2674-8169
2674-8169
DOI:10.36557/2674-8169.2024v6n9p1084-1096