Reabilitação cardiovascular de pacientes submetidos à cirurgia de bypass coronário

A revascularização miocárdica é um procedimento cirúrgico amplamente procurado, a nível global, decorrente da diminuição ou interrupção do fluxo sanguíneo para algumas regiões cardíacas, levando à isquemia miocárdica. Embora a alta recorrência e morbidade relacionada às doenças cardiovasculares, a mortalidade por esse grupo de patologias tem diminuído nos últimos anos. Contrariamente a isso, o número de pacientes submetidos às cirurgias de bypass coronário tem aumentado consideravelmente na última década, tendo em vista a elevação da expectativa de vida, que leva a alterações vasculares decorrentes do processo de senescência, além dos crescentes diagnósticos de doenças cardiovasculares basais e crônicas, como a hipertensão, o diabetes mellitus e a dislipidemia. Assim, tendo em vista o aumento no número de cirurgias de bypass coronário realizados mundialmente, além do alto potencial de morbimortalidade associado às doenças cardiovasculares no intra e pós-operatório, o presente artigo objetiva compreender a importância e a atuação da reabilitação cardiovascular na recuperação dos pacientes cirúrgicos, a fim de reinserí-los no contexto social, além de possibilitar um retorno gradual às atividades habituais. Para isso, realizou-se uma revisão da literatura, por meio da coleta de artigos originais e de revisão, publicados em inglês e português, nos últimos 25 anos, nas bases de referência bibliográfica SciELO e PubMed, o que amplia a confiabilidade do estudo. Após a análise dos artigos, percebeu-se que a reabilitação cardiovascular é fundamental no pós-operatório de pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica e envolve uma abordagem multidisciplinar, voltada para a reabilitação fisioterapêutica, adoção de exercícios físicos supervisionados, mudanças no estilo de vida e alimentar, bem como suporte psicológico. A reabilitação, quando feita de forma adequada, reduz significativamente a mortalidade, diminui a morbidade e, por consequência, minimiza os riscos de novos eventos cardiovasculares. Assim, a reabilitação pós-operatória garante não só uma reinserção precoce do indivíduo ao meio social e às atividades habituais, como, também, melhora a capacidade funcional, diminui o risco cardiovascular reincidente e propicia o bem-estar físico e mental aos pacientes revascularizados.