Abordagem do Lúpus Eritematoso Sistêmico na paciente gestante e as implicações materno-fetais

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença crônica, autoimune e multissistêmica. Essa patologia pode se manifestar em pessoas de qualquer idade, raça e sexo. Entretanto, há uma prevalência maior em mulheres na idade reprodutiva. O objetivo do presente estudo é apresentar os desfechos maternos-fetais de gestantes portadoras de LES. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, utilizando as bases de dados SciELO (Scientific Eletronic Library Online) e PubMed (US National Library of Medicine) e os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) usados foram: “Lúpus Eritematoso Sistêmico”, “Gravidez”, “Doença Autoimune”. Os artigos selecionados foram publicados nos idiomas Inglês, Português e Espanhol, entre os anos de 2014 a 2024. O LES apresenta um quadro clínico heterogêneo e pacientes gestantes são consideradas de alto risco por maior incidência de complicações materno-fetais. As complicações incluem exacerbação da doença, restrição de crescimento fetal intrauterino, parto prematuro e até mortalidade materna. Portanto, é evidente que o Lúpus Eritematoso Sistêmico implica em sinais e sintomas nas gestantes que podem trazer malefícios à gestação e ao bebê e significativa morbimortalidade materno-fetal, sendo necessário acompanhamento por equipes multidisciplinares e avaliação antes e durante toda a gestação.