Feminismo Pós-ditadura e Parturição: uma Análise Histórica da Evolução e Necessidade do Termo 'Violência Obstétrica'

A violência obstétrica, caracterizada por práticas abusivas durante a assistência ao parto e à gestação, tem se tornado um tema central nas discussões sobre saúde reprodutiva, especialmente no contexto pós-ditatorial da América Latina. A medicalização do parto e a apropriação do conhecimento obstétr...

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Veröffentlicht in:Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences 2024-11, Vol.6 (11), p.1339-1357
Hauptverfasser: Nascimento da Silveira Gomes, Rebecca, De Fatima da Conceição Veríssimo Lopes, Juliana, De Carvalho Corrêa, Marisa, Moreira Gomes Da Silva, Pamela, Pantoja Melo, Maria Clara, Da Silva Vieira, Jéssica, Menezes Hora Alves Ribeiro, Steve Biko, Guimarães Borges, Leandro, Araújo Cardoso Bento, Anyelle, De Freitas Ferreira, Alessandra, Silva de Barros, Allana Livia, Almeida Nogueira Ramos, Vanessa
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Zusammenfassung:A violência obstétrica, caracterizada por práticas abusivas durante a assistência ao parto e à gestação, tem se tornado um tema central nas discussões sobre saúde reprodutiva, especialmente no contexto pós-ditatorial da América Latina. A medicalização do parto e a apropriação do conhecimento obstétrico por profissionais masculinos contribuíram para a desvalorização das práticas tradicionais e para a opressão das mulheres, refletindo uma estrutura de poder patriarcal nas interações entre profissionais de saúde e pacientes. Este estudo visa analisar a evolução do conceito de "violência obstétrica" como uma construção política e discursiva, destacando a intersecção entre práticas obstétricas e a luta feminista, com o objetivo de promover uma assistência mais humanizada e respeitosa. A pesquisa utilizou uma abordagem histórica analítico-dedutiva, revisando literatura acadêmica em bases de dados como PubMed, Scopus e Web of Science, além de documentos históricos dos séculos XIX e XX. A investigação também considerou o impacto do regime ditatorial e a transição para a democracia, períodos em que as ideias feministas se fortaleceram e influenciaram políticas de saúde. Os resultados indicam que o termo "violência obstétrica" surge como uma crítica a práticas naturalizadas que perpetuam a opressão feminina. A análise evidencia a necessidade de transformação nas relações de cuidado, promovendo a autonomia e dignidade das mulheres. O estudo conclui que compreender a violência obstétrica sob uma perspectiva histórica e feminista é crucial para transformar as práticas de saúde e garantir os direitos humanos das mulheres.
ISSN:2674-8169
2674-8169
DOI:10.36557/2674-8169.2024v6n11p1339-1357