Chikungunya: Revisão das Evidências Científicas sobre Epidemiologia, Diagnóstico e Manejo Clínico

A febre Chikungunya é uma doença viral emergente causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), pertencente à família Togaviridae e transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Desde sua identificação na Tanzânia, em 1952, a doença tem se espalhado globalmente, afetando milhões de pessoas....

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Veröffentlicht in:Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences 2024-10, Vol.6 (10), p.545-556
Hauptverfasser: Paes de Barros Filho, Marcos Vinicius, Moraes Dias, Vanessa, Souza Pivatto, Heloísa Joanna, Souza Pivatto, Ana Laura, Guimarães de Souza, Thais, Duarte Gatto, Camila, Manfroi, Amabile, Rodrigues Tardoque Pereira, Nadya, Ribeiro da Silva, Thiago Matheus, Martins Fernandez, João Henrique, Felsky Rodrigues dos Anjos, Natassiia, Medeiros, Iasmim
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:A febre Chikungunya é uma doença viral emergente causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), pertencente à família Togaviridae e transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Desde sua identificação na Tanzânia, em 1952, a doença tem se espalhado globalmente, afetando milhões de pessoas. As manifestações clínicas incluem febre de início súbito, artralgia debilitante e, em alguns casos, sintomas crônicos, o que torna a Chikungunya uma importante preocupação de saúde pública em áreas tropicais e subtropicais. O objetivo desta revisão é consolidar as evidências científicas sobre a epidemiologia, diagnóstico e manejo clínico da Chikungunya, além de discutir os avanços recentes na pesquisa. Este trabalho visa fornecer um panorama atualizado sobre a doença, a partir da análise dos principais estudos disponíveis. Do ponto de vista epidemiológico, Chikungunya tem se disseminado rapidamente em várias regiões do mundo. O maior surto recente ocorreu nas Américas, após 2013, com destaque para países como Brasil e Colômbia. O estudo de Morrison (2014) destaca as razões para a rápida propagação da doença, principalmente devido à ampla distribuição dos vetores. Além disso, a mutação no gene E1-A226V, descrita por Tsetsarkin et al. (2007), aumentou a competência vetorial do Aedes albopictus, facilitando a transmissão em áreas temperadas. O diagnóstico da Chikungunya baseia-se em técnicas laboratoriais, incluindo PCR para detecção viral e sorologia para identificação de anticorpos IgM e IgG. Estudos de Simon et al. (2015) e Schwartz & Albert (2020) discutem a importância do diagnóstico diferencial, uma vez que os sintomas da doença podem ser confundidos com os de outras arboviroses, como dengue e zika. No manejo clínico, o tratamento é majoritariamente sintomático, com foco no controle da dor e inflamação. O uso de anti-inflamatórios e analgésicos é recomendado, conforme revisado por Weaver & Lecuit (2015), mas ainda não existe tratamento antiviral específico. Nos últimos anos, avanços promissores na pesquisa incluem o desenvolvimento de vacinas candidatas e terapias imunomoduladoras, conforme apontado por Hallengärd et al. (2014), oferecendo esperança para o controle futuro da doença.
ISSN:2674-8169
2674-8169
DOI:10.36557/2674-8169.2024v6n10p545-556