Análise epidemiológica comparativa entre apendicectomia aberta e apendicectomia videolaparoscópica no Brasil nos anos de 2013 a 2023: Estudo ecológico

Introdução: A apendicite aguda, processo inflamatório do apêndice vermiforme, se caracteriza como uma urgência cirúrgica, principalmente devido ao seu potencial causal para o quadro de abdome agudo. A cirurgia de retirada do apêndice vermiforme é a mais comum do mundo. Denominada apendicectomia, tal cirurgia pode ser realizada de maneira aberta, videolaparoscópica e robótica. A modalidade videolaparoscópica tem se destacado nos últimos anos, devido a suas características e benefícios. Metodologia: Foi realizado um estudo ecológico, retrospectivo, de abordagem quantitativa acerca das internações decorrentes de apendicectomia e apendicectomia videolaparoscópica no Brasil no período de 2013 a 2023. Os dados foram obtidos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no mês de Julho de 2024. Os dados foram coletados de maneira isolada para apendicectomia e apendicectomia videolaparoscópica. As variáveis selecionadas para ambos foram referentes à região, unidade da federação, ano de processamento, média de permanência e óbitos. Resultados: No período avaliado, foi encontrado um total de 1.167.139 internações decorrentes de apendicectomia, e 78.027 de apendicectomia videolaparoscópica. A abordagem videolaparoscópica teve o maior número de casos no ano de 2023, correspondendo a 16,6%, já a abordagem aberta apresentou maior número no ano de 2019, com 9,84% do total. O Sudeste apresentou o maior número de internações decorrentes de apendicectomia aberta, dentre as regiões brasileiras. A cirurgia videolaparoscópica foi mais realizada na região Sul, apresentando um total de 60 óbitos pela modalidade. Ainda, o manejo videolaparoscópico exibiu uma menor média de permanência quando comparado ao aberto