A relação intrínseca entre a privação de sono e obesidade: uma revisão integrativa

No mundo pós-moderno, o sono caracteriza-se como um dos principais quadros banalizados quanto à sua importância em relação à manutenção da saúde. Dentro dessa perspectiva, o encurtamento do tempo de sono e a suas consequências no metabolismo hormonal constituem-se como um dos principais fatores para o surgimento da obesidade. O presente estudo tem como principal objetivo identificar a relação e os mecanismos entre o encurtamento do tempo de sono e o surgimento da obesidade. Este estudo é uma revisão integrativa de literatura, utilizando-se de artigos gratuitos publicados na íntegra nas línguas inglesa e portuguesa pelas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Google Acadêmico, LILACS e Service of the United States National Library of Medicine (PUBMED). Para a busca, os seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) foram utilizados “Privação do sono e obesidade” e “Grelina e leptina, sono e obesidade”. Para análise, os critérios de inclusão foram textos originais, artigos completos e estudos de revisão publicados nos anos de 2002 a 2022. Selecionou-se 13 artigos, dos quais foram retirados dados epidemiológicos. Os principais estudos analisados ressaltaram, explicitamente, que privação de sono é um fator de predisposição ao surgimento da obesidade, uma vez que é capaz de alterar padrões hormonais por meio da diminuição dos níveis da leptina e aumento dos níveis de grelina. É verificado, portanto, que o encurtamento do tempo de sono relaciona-se, intrinsecamente, à elevação dos níveis do índice de massa corporal (IMC).