Leitura Dialógica: Efeitos Sobre a Atenção Conjunta em Crianças Autistas

A Atenção Conjunta (AC) pode ser um marcador precoce do autismo, visto que crianças autistas tendem a se envolver mais em relações diádicas do que triádicas. A AC tem dois componentes: Resposta à Atenção Conjunta (RAC), responder à sinalização do outro para atentar ao objeto; e Iniciação à Atenção C...

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Veröffentlicht in:Acta comportamentalia 2020-08, Vol.28 (3), p.411-428
Hauptverfasser: Souza Caldas, Raphaella Christine, Pfeiffer Flores, Eileen
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:A Atenção Conjunta (AC) pode ser um marcador precoce do autismo, visto que crianças autistas tendem a se envolver mais em relações diádicas do que triádicas. A AC tem dois componentes: Resposta à Atenção Conjunta (RAC), responder à sinalização do outro para atentar ao objeto; e Iniciação à Atenção Conjunta (IAC), solicitar pela atenção do outro ao objeto. Uma análise funcional sugere que episódios triádicos podem ser estabelecidos mais eficientemente em uma atividade compartilhada. A Leitura Dialógica (LD), adaptada para crianças autistas, mostra benefícios para o desenvolvimento da linguagem e interação social. Neste estudo, investigamos os efeitos da LD sobre IAC, RAC e engajamento na atividade. Participaram quatro crianças autistas (seis-oito anos). Trata-se de um experimento com delineamento de linha de base múltipla, decalagem entre pares de crianças, LD como variável independente e RAC, IAC e engajamento como variáveis dependentes. Na Linha de Base (LB), para cada página, havia oportunidades para a IAC e RAC. Na intervenção: (1) seguia-se o interesse da criança, comentando e elogiando instâncias de IAC e episódios diádicos e (2) realizava-se um ciclo dialógico (Solicitar-Avaliar-Expandir-Elogiar) por página. Uma criança precisou que as mediações fossem conduzidas individualmente. Na generalização, foi feita a LD com novos mediadores e livros. A AC foi rara durante a LB. A RAC e o engajamento aumentaram significativamente na intervenção para todos e incluíram respostas vocais às iniciações da mediadora. Houve generalização com novos mediadores. Os resultados da IAC não foram significativos. O presente estudo demonstra que é possível, por meio da LD (i.e., uma intervenção naturalística), produzir a AC (mais especificamente a RAC) em crianças autistas, com resultados semelhantes aos encontrados em pesquisas mais diretivas.
ISSN:0188-8145
DOI:10.32870/ac.v28i3.76771