Entre fronteiras e limbos, a interdisciplinaridade, o conhecimento tradicional e a micro-história

O século XIX delimitou corpos de conhecimento e os procedimentos para a pesquisa científica. Muitas especialidades, passados dois séculos de exercícios do saber, testaram seus dogmas à exaustão. Tais delimitações, criadas como fronteiras entre a própria linguagem e seus especialistas, também direcio...

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Veröffentlicht in:Fronteiras 2019-07, Vol.21 (37), p.12-38
Hauptverfasser: Santos, José Carlos dos, Ristow, Márcia Regina
Format: Artikel
Sprache:eng ; por
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:O século XIX delimitou corpos de conhecimento e os procedimentos para a pesquisa científica. Muitas especialidades, passados dois séculos de exercícios do saber, testaram seus dogmas à exaustão. Tais delimitações, criadas como fronteiras entre a própria linguagem e seus especialistas, também direcionaram uma prática de exclusão de conhecimentos ditos “simples”, ignóbeis, inomináveis pela razão. Foi uma prática de exclusão. Diferentemente, a interdisciplinaridade deve propor avançar sobre as trincheiras disciplinares por um lado e, por outro, inclusive resgatar o inominável. Conhecimentos tradicionais, que pertencem ao homem e não ao sujeito ou a uma instituição, são formas de resgatar um conhecimento complexo. Derrubar as fronteiras instituídas no século XIX é refletir sobre os limbos deixados pelo exercício profissional dos campos de pesquisa. A micro-história, como redução de escala e descrição densa, aponta um procedimento de convivência com outros saberes e favorece um clima de transposição das áreas disciplinares de pesquisa.
ISSN:1517-9265
2175-0742
DOI:10.30612/frh.v21i37.10144