DOENÇAS REUMÁTICAS IMUNOMEDIADAS E ATEROSCLEROSE

As doenças reumáticas imunomediadas (DRIM) caracterizam-se por mani-festações heterogêneas e pleomórficas com acometimento de diversos órgãos e sistemas, incluindo o sistema cardiovascular, seja por lesão cardíaca direta(endocárdio, miocárdio, pericárdio ou sistema de condução) ou mesmo por aumento...

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Veröffentlicht in:Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo 2021-04, Vol.31 (1), p.89-95
Hauptverfasser: Dias Cardoso Ribeiro, Priscila, Silaide de Araújo Júnior, Antônio, Matos Melo Campos Peixoto, Flávia Maria, Torres dos Reis Neto, Edgard
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:As doenças reumáticas imunomediadas (DRIM) caracterizam-se por mani-festações heterogêneas e pleomórficas com acometimento de diversos órgãos e sistemas, incluindo o sistema cardiovascular, seja por lesão cardíaca direta(endocárdio, miocárdio, pericárdio ou sistema de condução) ou mesmo por aumento do risco cardiovascular com o desenvolvimento de aterosclerose precoce. Por sua vez, a aterosclerose é reconhecida como uma doença inflamatória, sendo um ponto comum entre diversas DRIM e um importante fator de morbidade e mortalidade cardiovascular, especialmente no lúpus eritematoso sistêmico (LES), na artrite reumatoide (AR) e nas espondiloartrites (EpA). A maior frequência de aterosclero-se nessas doenças não é atribuída apenas aos fatores de risco cardiovasculares (FRCV) tradicionais, sendo a imunodesregulação e o processo inflamatório crônico persistente importantes para a maior risco e precocidade da doença cardiovascular nesses pacientes. Neste artigo, abordaremos especificamente a aterosclerose no LES, AR e EpA, o manejo do risco cardiovascular em cada doença e como interpre-tar criticamente os escores de risco cardiovascular disponíveis na literatura nesse cenário. Deve-se estar atento a suas possíveis complicações, uma vez que muitas destas manifestações são silenciosas e indolentes e o reconhecimento precoce com controle da atividade de doença e dos FRCV são fundamentais. Além disso, os escores de risco para estratificação cardiovascular atualmente disponíveis devem ser interpretados com cautela nessa população, uma vez que o risco cardiovascular pode ser subestimado
ISSN:0103-8559
2595-4644
DOI:10.29381/0103-8559/2021310189-95