ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL E EDUCAÇÃO SUPERIOR: avanços e desafios em uma universidade pública na Amazônia

Este artigo tem como questão problematizadora: quais os desafios e/ou avanços da política de assistência estudantil (AE) por meio do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES) no contexto de uma universidade federal no interior da Amazônia? E devido esta pergunta se buscou saber: Qual o perfil dos beneficiários atendidos pela AE no período de 2017 a 2020? Qual a percepção de estudantes sobre a AE em seu desempenho acadêmico? E quais os desafios e avanços da AE na implementação do PNAES a partir dos estudantes e dos documentos institucionais? A investigação é descritiva, do tipo estudo de caso, desdobrada em bibliográfica, documental e empírica, cujo lócus foi a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), Campus sede em Santarém. No estudo empírico foi aplicado questionário eletrônico (survey) aos estudantes que receberam auxílio permanência entre 2017 a 2020, sendo que 75 questionários respondidos compuseram a amostra do estudo. Quanto aos resultados, o perfil dos estudantes indica tratar-se de um grupo com prevalência do gênero feminino (68%), com a maioria na faixa dos 19 a 25 anos (64%) e (68%) deles se auto identificam pardos. Dentre os participantes da pesquisa, 77% concordam que sem os auxílios estudantis teriam dificuldades para se manter estudando. Quanto aos avanços do PNAES na instituição, estes se revelam nas normatizações dos documentos oficiais e os desafios estão, principalmente, no acompanhamento e na avaliação dos auxílios disponibilizados aos estudantes.