Duplo: notas sobre saber e poder em Persona de Bergman
Neste ensaio, mostramos as implicações do silêncio em sua relação com o poder no filme Persona de Ingmar Bergman (1966). Parimos do pressuposto de que o silêncio funciona, na obra, como atualização de formas de poder e resistência nas linhas de força que compõem as relações entre as personagens. Par...
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Veröffentlicht in: | Intercâmbio (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Programa de Estudos Pós-Graduados em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem) 2024-07, Vol.55, p.e66449 |
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1. Verfasser: | |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng |
Online-Zugang: | Volltext |
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Zusammenfassung: | Neste ensaio, mostramos as implicações do silêncio em sua relação com o poder no filme Persona de Ingmar Bergman (1966). Parimos do pressuposto de que o silêncio funciona, na obra, como atualização de formas de poder e resistência nas linhas de força que compõem as relações entre as personagens. Para tal, nos valemos de alguns pressupostos teórico-metodológicos dos estudos discursivos foucaultianos. A importância deste estudo reside na relativização da ideia de que o poder silencia, mostrando que, em tempos de hegemonia de extração de mais-valor das atividades simbólicas, o poder faz falar. Os resultados nos mostram que quem fala faz-saber e, ao mesmo tempo, que quem cala pode-não-fazer-saber e ainda pode-fazer-não-saber. Concluímos que o poder se esconde na potencialidade que se desenvolve no bojo do silêncio. O saber é própria atualização daquilo que se ouve e aquilo que se vê, atualização que gera a potencialidade do poder a quem vê e ouve. |
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ISSN: | 1413-4055 2237-759X |
DOI: | 10.23925/2237-759X2024V55e66449 |