Modelos de cancro da mama: do in vitro para o in vivo

Resumo A incidência e mortalidade de cancro da mama têm vindo a aumentar ao longo dos anos. Esta doença foi descrita pela primeira vez no ano 3000 a.C. por Edwin Smith Papyrus como uma doença grave sem tratamento conhecido. Atualmente, continua a ser necessário o delineamento de estratégias de preve...

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Veröffentlicht in:História da ciência e ensino 2022-09, Vol.25, p.410-420
Hauptverfasser: Silva, Jessica, Faustino Rocha, Ana Isabel, Martins Oliveira, Paula Alexandra, Ramos Duarte, José Alberto
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Zusammenfassung:Resumo A incidência e mortalidade de cancro da mama têm vindo a aumentar ao longo dos anos. Esta doença foi descrita pela primeira vez no ano 3000 a.C. por Edwin Smith Papyrus como uma doença grave sem tratamento conhecido. Atualmente, continua a ser necessário o delineamento de estratégias de prevenção, deteção e tratamento do cancro da mama. Para tal, é extremamente importante a utilização de modelos alternativos ao Homem. A utilização de animais para fins experimentais iniciou-se há muitos séculos (2000 anos a.C.), com os Babilónios e os Assírios a utilizarem animais para a realização de cirurgias. Os modelos in vitro são relativamente recentes em comparação com os modelos in vivo, uma vez que a primeira linha celular de cancro da mama (BT-20) foi descoberta apenas em 1958 por Lasfargues e Ozzello. Os modelos in vivo são os mais utilizados pois mimetizam quase na sua totalidade o comportamento da neoplasia no organismo. Em 1965, Howell realizou o primeiro estudo de carcinogénese mamária quimicamente induzida em ratos. Posteriormente, surgiu a necessidade da criação de animais geneticamente modificados para reduzir ao máximo as diferenças nos mecanismos tumorais. Mesmo assim, não é possível mimetizar a 100% o processo de carcinogénese humano nestes animais devido à sua elevada complexidade e número limitado de genes. Atualmente existe uma diversidade de modelos in vitro e in vivo para o estudo do cancro da mama. A escolha do modelo animal mais adequado é um dos passos mais importantes no delineamento experimental. Os objetivos do trabalho e o tipo de dados que poderão ser obtidos do modelo animal são aspetos fundamentais a ter em consideração. Todos os modelos apresentam vantagens e desvantagens e a sua seleção merece uma reflexão cuidada à luz dos objetivos do trabalho.  Palavras-chave: Cancro da mama, modelos in vitro, modelos animais. Abstract The incidence and mortality of breast cancer has increased over the years. This disease was first described in the year 3000 BC by Edwin Smith Papyrus as a serious disease with no known treatment. Currently the design of strategies for the prevention, detection and treatment of breast cancer remains necessary. For this, it is extremely important to use alternative models to humans. The use of animals for experimental purposes began many centuries ago (2000 years BC), with the Babylonians and the Assyrians using animals to perform surgeries. In vitro models are relatively recent compared to in vivo models, as the
ISSN:2178-2911
2178-2911
DOI:10.23925/2178-2911.2022v25espp410-420