Uma ecologia decolonial: Pensando futuros emancipatórios em um navio-mundo capaz de reunir, escutar e celebrar os encontros

Desejamos tecer uma resenha sobre a obra Uma Ecologia Decolonial: Pensar a partir do mundo caribenho, do pesquisador, cientista político e engenheiro ambiental martinicano Malcom Ferdinand. Lançada em português no Brasil, em 2022, pela casa editorial Ubu, o livro traduzido por Letícia Mei conta com o prefácio da filósofa estadunidense Angela Davis, conhecida pelo seu ativismo nas pautas feministas antirracistas. Buscamos trazer à tona as principais contribuições da obra de Ferdinand, que nos propõe um fazer-mundo dentro de uma perspectiva decolonial crítica que – considerando a história colonial e seus efeitos sobre as populações humanas e os não-humanos – vislumbra uma outra forma possível de viver e habitar o mundo. O autor parte do pressuposto de que a ecologia é antes de mais nada uma questão de justiça e que a crise ecológica, portanto, é uma crise de justiça. A partir do seu olhar e experiência caribenhos, Ferdinand nos desafia a pensar o projeto colonial tendo em vista, sobretudo, o impulso a uma destruição ambiental, situando, portanto, as questões ecológicas como uma dimensão essencial para pensar a política mundial ancorada nas relações de colonialidade nos dias de hoje. We would like to provide a review of the work Uma Ecologia Decolonial: Pensar a partir do mundo caribenho, by the Martinican researcher, political scientist and environmental engineer Malcom Ferdinand. Launched in Portuguese in Brazil, in 2022, by the publishing house Ubu, the book translated by Letícia Mei has a preface by the American philosopher Angela Davis, known for her activism in anti-racist, feminist agendas. We seek to bring to light the main contributions of Ferdinand's work, who proposes a way of world-making within a critical decolonial perspective that – considering colonial history and its effects on human and non-human populations – envisions another viable way of living and inhabit the world. The author starts from the assumption that ecology is primarily a matter of justice and that the ecological crisis, therefore, is a crisis of justice. From his Caribbean perspective and experience, Ferdinand challenges us to think about the colonial project considering, above all, the promotion of environmental destruction, situating the ecological issues as an essential dimension for thinking about world politics anchored in relations of coloniality today. Queremos tejer una revisión del trabajo Uma Ecologia Decolonial: Pensar a partir do mundo caribenho, del investigador,