O traumático e as disputas pela memória na cena pública brasileira: Marielle Franco e Borba Gato

Por meio de um método ensaístico, sustentado pela teoria psicanalítica e seus enlaces com as teorias decoloniais e sociais críticas, este artigo reflete sobre as disputas pela memória e as possibilidades de elaboração de traumas coloniais, analisando os simbolismos de duas experiências ocorridas na...

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Veröffentlicht in:Revista Polis e Psique 2023-04, Vol.12 (3), p.48-67
Hauptverfasser: Botini Zortea, Giovanna, De Oliveira Alves, Lucas, Campos Andrade, Paula, De Andrade Gomes, Marcela
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:Por meio de um método ensaístico, sustentado pela teoria psicanalítica e seus enlaces com as teorias decoloniais e sociais críticas, este artigo reflete sobre as disputas pela memória e as possibilidades de elaboração de traumas coloniais, analisando os simbolismos de duas experiências ocorridas na cena pública brasileira: a quebra da placa em homenagem à memória de Marielle Franco e a queima da estátua em homenagem à Borba Gato. Apontamos que a aparição destas duas figuras no espaço público, bem como o atentado a elas, instauram diferentes possibilidades de compreensão da história e de elaboração de traumas psicossociais. Concluímos que o atentado à placa de Marielle se trata de uma tentativa de apagar sua memória, bem como dos diversos grupos oprimidos (mulheres, LGBTQIA+, pessoas negras) simbolizados por ela, mantendo, assim, as repetições mórbidas oriundas dos traumas coloniais. Já o atentado à estátua de Borba, simbolismo da expansão bandeirante no país, tensiona uma história oficial que oblitera as violentas ações perpetradas pelo Estado e segmentos da sociedade civil.
ISSN:2238-152X
2238-152X
DOI:10.22456/2238-152X.122346