MAPAS EM MOVIMENTO: OS (DES)CAMINHOS DE UMA PRÁTICA CARTOGRÁFICA JUNTO AOS POTIGUARA
Realizar uma etnografia dos mapas, por meio de uma reflexão crítica sobre um processo de etnomapeamento realizado junto ao povo Potiguara (PB) configura o objetivo principal do presente artigo. Tal etnomapeamento foi proposto pela Fundação Nacional do Índio (Funai) como forma de identificar e descre...
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Veröffentlicht in: | Espaço ameríndio 2017-12, Vol.11 (2), p.71 |
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Hauptverfasser: | , , |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng |
Online-Zugang: | Volltext |
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Zusammenfassung: | Realizar uma etnografia dos mapas, por meio de uma reflexão crítica sobre um processo de etnomapeamento realizado junto ao povo Potiguara (PB) configura o objetivo principal do presente artigo. Tal etnomapeamento foi proposto pela Fundação Nacional do Índio (Funai) como forma de identificar e descrever conflitos envolvendo a prática da carcinicultura e do cultivo de cana-de-açúcar bem como a sobreposição entre uma unidade de conservação, terras e territórios indígenas em questão. Buscamos, ao nos inscrever no processo construir espaços relacionais calcados na etnografia e em técnicas de mapeamento participativo mescladas ao uso de geotecnologias. Argumentamos que os mapas , mesmo não correspondendo às formas de mapear de povos indígenas, quando construídos com respeito e simetria em relação às práticas inseridas nos sistemas de conhecimento do outro, podem configurar poderosas estratégias para o diálogo intercultural, em geral assimétrico. Apontamos também para o fato de que , assim como outros mapas produzidos na região, o processo do etnomapeamento foi re-orientado pelos Potiguara, para fins, principalmente de luta territorial - um processo de "cartografofagia" - onde as técnicas planejadas de "cima", pelo órgão indigenista foram digeridas e tratadas como "mapas indígenas". |
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ISSN: | 1982-6524 1982-6524 |
DOI: | 10.22456/1982-6524.74228 |