O ESPAÇO RURAL BRASILEIRO NAS DUAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SÉCULO XXI: AVANÇOS E LIMITES DA TRANSIÇÃO AGROAMBIENTAL

O objetivo deste artigo foi avaliar a evolução de algumas variáveis relacionadas às técnicas e recursos produtivos utilizados nos estabelecimentos agropecuários do país, com base em dados publicados nos Censos Agropecuários de 2006 e 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O...

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Veröffentlicht in:Para Onde!? 2023-02, Vol.17 (1), p.1-25
Hauptverfasser: Diniz, Raphael Fernando, Hespanhol, Antonio Nivaldo, Laurent, François
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:O objetivo deste artigo foi avaliar a evolução de algumas variáveis relacionadas às técnicas e recursos produtivos utilizados nos estabelecimentos agropecuários do país, com base em dados publicados nos Censos Agropecuários de 2006 e 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O recorte espacial de investigação compreende as cinco grandes regiões geográficas do país e suas 27 unidades federativas. Para a consecução deste objetivo, realizou-se uma pesquisa documental e bibliográfica acerca dos instrumentos instituídos pelo Estado brasileiro com o propósito de se promover a transição agroambiental nas últimas décadas. Complementarmente, foram analisados os dados censitários relativos ao emprego de produtos agroquímicos, utilização de máquinas e implementos e o emprego de diferentes técnicas de produção nos estabelecimentos agropecuários brasileiros. A partir da análise destes dados, constatou-se que a transição de um paradigma de produção fundamentado no uso intensivo de insumos do pacote tecnológico da revolução verde para outro gerido por princípios, técnicas e práticas de base ecológica tem se realizado de forma bastante lenta, limitada, desigual e permeada por ambiguidades e contradições. Verifica-se, neste sentido, que a adoção de práticas agroambientais positivas se faz em meio à manutenção ou expansão do uso de técnicas e insumos nocivos aos recursos naturais e à agrobiodiversidade, em um processo ainda predominantemente orientado por uma racionalidade instrumentalista-tecnológica e econômico-produtivista, que, em determinados contextos socioespaciais, começa a incorporar preceitos de outras racionalidades ecológicas e ecossociais. 
ISSN:1982-0003
1982-0003
DOI:10.22456/1982-0003.129882