As Razões do Opt-out: um Estudo sobre Mulheres que Interromperam suas Carreiras em Função da Maternidade

Este artigo teve como intuito identificar as razões que levaram muitas mulheres a aderirem ao movimento opt-out, bem como as suas experiências com o cuidado integral dos filhos, após a interrupção da carreira. A metodologia de estudo adotada foi de natureza qualitativa, contando com entrevistas semi...

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Veröffentlicht in:Sociedade, contabilidade e gestão contabilidade e gestão, 2021-12, Vol.16 (2), p.134-154
Hauptverfasser: De Queiroz Monteiro, Paula Furtado Hartmann, Lemos, Ana Heloísa Da Costa, Costa, Alessandra De Sá Mello da
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Zusammenfassung:Este artigo teve como intuito identificar as razões que levaram muitas mulheres a aderirem ao movimento opt-out, bem como as suas experiências com o cuidado integral dos filhos, após a interrupção da carreira. A metodologia de estudo adotada foi de natureza qualitativa, contando com entrevistas semiestruturadas com 14 mulheres pós-graduadas que interromperam suas trajetórias profissionais em função da maternidade. Os resultados revelaram que as entrevistadas não se afastaram de suas carreiras apenas devido a um desejo de se dedicar unicamente aos filhos, mas por razões mais complexas que compreendem, também, aspectos relacionados à dinâmica do trabalho, aos filhos e aos companheiros, tais como: longas jornadas de trabalho, estigma contra as mães no local de trabalho, problemas de saúde dos filhos e ausência dos companheiros no cuidado das crianças e nas tarefas domésticas. Além disso, constatou-se que, durante o tempo de afastamento, elas vivenciaram experiências que envolvem tanto sentimentos positivos, como acompanhamento do desenvolvimento dos filhos, quanto negativos, como crises de identidade, sentimento de improdutividade e medo do futuro. Tais resultados conduziram a uma leitura crítica do movimento opt-out, por se entender que tal fenômeno contribui para uma mudança limitada e/ou manutenção do status quo frente às desigualdades estruturais e organizacionais.
ISSN:1982-7342
1982-7342
DOI:10.21446/scg_ufrj.v0i0.42934