Desenvolvimentos da internacionalização da educação superior no Brasil

O objetivo deste artigo é analisar os desenvolvimentos recentes da internacionalização da educação superior brasileira, a partir nos principais programas governamentais direcionados ao fomento do processo no período de 2011 a 2018. Especificamente, três programas são abordados, com maior ênfase no t...

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Veröffentlicht in:Educação temática digital 2020-08, Vol.22 (3), p.672-693
Hauptverfasser: Knobel, Marcelo, Lima, Manolita Correia, Leal, Fernanda Geremias, Prolo, Ivor
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Zusammenfassung:O objetivo deste artigo é analisar os desenvolvimentos recentes da internacionalização da educação superior brasileira, a partir nos principais programas governamentais direcionados ao fomento do processo no período de 2011 a 2018. Especificamente, três programas são abordados, com maior ênfase no terceiro: o “Ciência sem Fronteiras (CsF)”, vigente de 2011 a 2015; o “Idiomas sem Fronteiras (IsF)”, iniciado em 2012; e o “Programa Institucional de Internacionalização (Capes-PrInt)”, iniciado em 2018. O texto se desenvolve com base na combinação de recursos bibliográficos e documentais e se sustenta nos seguintes argumentos: 1. No Brasil, o entendimento da internacionalização da educação superior tem evoluído de um sinônimo de mobilidade acadêmica internacional, centrada nos indivíduos, para uma concepção mais abrangente do fenômeno, focada na transformação da instituição universitária; 2. A despeito dos novos direcionamentos, no período em evidência a internacionalização permanece majoritariamente atrelada aos interesses desenvolvimentistas do Estado; 3. Tais direcionamentos sinalizam que esse processo se consolida no país de forma hegemônica, em consonância com a perspectiva mundialmente dominante. Após a análise dos três programas, conclui-se o artigo com reflexões suscitadas pela perspectiva de internacionalização recentemente proposta pelo governo federal às Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) por meio do ‘Future-se’, com destaque para três aspectos: o comprometimento da autonomia administrativa da universidade, a interferência de órgãos estranhos à vida acadêmica da instituição, e a pressão pelo autofinanciamento decorrente da diversificação das fontes de financiamento.
ISSN:1676-2592
1676-2592
DOI:10.20396/etd.v22i3.8659332