A Experiência duma Norma de Atuação no Traumatismo Crânio-Encefálico Ligeiro em Idade Pediátrica: Estudo Longitudinal de Três Anos
Introdução: Os traumatismos crânio-encefálicos são frequentes em Pediatria, habitualmente ligeiros e sem lesões intracranianas. A tomografia computorizada crânio-encefálica é o exame de eleição, implicando radiação ionizante, não existindo consenso nas indicações nos traumatismos crânio-encefálicos...
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Veröffentlicht in: | Acta médica portuguesa 2017-10, Vol.30 (10), p.704-712 |
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Format: | Artikel |
Sprache: | eng ; por |
Online-Zugang: | Volltext |
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Zusammenfassung: | Introdução: Os traumatismos crânio-encefálicos são frequentes em Pediatria, habitualmente ligeiros e sem lesões intracranianas. A tomografia computorizada crânio-encefálica é o exame de eleição, implicando radiação ionizante, não existindo consenso nas indicações nos traumatismos crânio-encefálicos ligeiros. Uma atitude expectante é uma opção adequada na maioria dos casos. Os autores pretenderam comparar os doentes internados e submetidos a tomografia computorizada crânio-encefálica com os doentes internados sem tomografia computorizada crânio-encefálica, inferindo a segurança da norma de atuação em vigor na nossa instituição.Material e Métodos: Estudo analítico longitudinal retrospetivo, durante três anos, de doentes com menos de 15 anos admitidos na Urgência Pediátrica e internados por traumatismos crânio-encefálicos ligeiros. Amostra organizada num grupo A (internados com tomografia computorizada crânio-encefálica) e num grupo B (internados sem tomografia computorizada crânio-encefálica).Resultados: Amostra de estudo constituída por 206 doentes: 81 (39%) grupo A e 125 (61%) grupo B. Sintomas, nomeadamente vómitos, foram mais frequentes no grupo B (91% e 61% vs 75% e 35%, p < 0,05); hematoma epicraniano volumoso e afundamento ósseo no grupo A (11% e 12% vs 0%, p < 0,05). Realizou-se tomografia computorizada crânio-encefálica em 39% dos doentes estudados (crianças com sinais de alarme à observação ou evolução não favorável durante o internamento); 43% tinham alterações (29 doentes apresentavam fratura, 18 doentes apresentavam lesões intracranianas). Três doentes foram submetidos a neurocirurgia. Não registámos óbitos, reinternamentos ou sequelas neurológicas.Discussão: As lesões intracranianas clinicamente significativas foram pouco frequentes. A atitude preconizada de vigilância hospitalar das crianças e adolescentes com traumatismos crânio-encefálicos ligeiros sintomáticos, sem alterações significativas ao exame objetivo, não pareceu ter implicado riscos acrescidos.Conclusão: A utilização criteriosa da tomografia computorizada crânio-encefálica permitiu reduzir o número de exames e a exposição a radiação ionizante. |
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ISSN: | 0870-399X 1646-0758 |
DOI: | 10.20344/amp.8795 |