OS VACILOS DO COLONIZADOR: transferências de vilas e aldeias no Maranhão
O elevado número de transferências de vilas e povoados no Maranhão colonial e oitocentista decorre de várias causas. Uma delas é a inadequação dos locais escolhidos para implantação dos núcleos urbanos a serem desenvolvidos, como, por exemplo, às margens de rios submetidos às enchentes. Se transfer...
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Veröffentlicht in: | Outros Tempos (Online) 2024-01, Vol.21 (37), p.278-303 |
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1. Verfasser: | |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng |
Online-Zugang: | Volltext |
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Zusammenfassung: | O elevado número de transferências de vilas e povoados no Maranhão colonial e oitocentista decorre de várias causas. Uma delas é a inadequação dos locais escolhidos para implantação dos núcleos urbanos a serem desenvolvidos, como, por exemplo, às margens de rios submetidos às enchentes. Se transferências resultaram de um meio ambiente hostil aos planos e intentos dos colonizadores, eram também causadas pela hostilidade dos nativos da terra, que se opunham à sua escravização. Quando capturados ou “resgatados” pelos colonos, ou descidos para aldeias missionárias, os indígenas eram não somente forçados a trabalhar, mas eram vítimas também de epidemias, com as bexigas (varíola). Grande mortandade, por sua vez, levou ao abandono de vilas ou a sua transferência. Finalmente, disputas locais entre elites provocavam mudanças apenas da territorialização e das insígnias do poder municipal, sem implicar necessariamente uma transferência de assentamento. O artigo explora esses temas baseado principalmente no caso das vilas e povoados do Maranhão oriental, a região entre o oceano e os rios Itapecuru e Parnaíba até a altura de Caxias. |
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ISSN: | 1808-8031 1808-8031 |
DOI: | 10.18817/ot.v21i37.1144 |