ETNOCONHECIMENTO DE PESCADORES ARTESANAIS SOBRE A ICTIOFAUNA DO RIO JIQUIRIÇÁ, BAHIA

Uma das práticas culturais que se mantém ativa ao longo dos anos é a pesca desenvolvida e aperfeiçoada, de forma artesanal, por observações e/ou conhecimento hereditário. Conhecer as experiências destes pescadores configura-se em uma alternativa para entender a composição da ictiofauna de uma determ...

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Veröffentlicht in:Ethnoscientia 2021-05, Vol.6 (1), p.163
Hauptverfasser: Silva, Tiago Abreu da, Oliveira, Wanderley Diaciso Dos Santos, Sampaio, Francisco Alexandre Costa
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:Uma das práticas culturais que se mantém ativa ao longo dos anos é a pesca desenvolvida e aperfeiçoada, de forma artesanal, por observações e/ou conhecimento hereditário. Conhecer as experiências destes pescadores configura-se em uma alternativa para entender a composição da ictiofauna de uma determinada localidade. O objetivo deste estudo foi identificar o conhecimento dos pescadores sobre as espécies de peixes do rio Jiquiriçá e sua interação com o ambiente, norteado pela hipótese de que seus conhecimentos são originários de sua relação com o meio. Foram realizadas entrevistas com 14 pescadores e 9 pescadoras do município de Ubaíra, BA, utilizando-se a técnica “Snowball”. As entrevistas foram gravadas em áudio e posteriormente transcritas na íntegra. Os resultados apontaram para o etnoconhecimento dos entrevistados em relação aos aspectos da biologia dos peixes, tais como hábitos alimentares e reprodução. Percepções sobre estratégias de pesca e espécies introduzidas no rio nos últimos 20 anos, também foram registradas. Devido às condições desfavoráveis ao exercício da pesca (assoreamento, poluição, contaminação por esquistossomose), a maioria dos entrevistados abandonou esta atividade no rio Jiquiriçá. Porém, através deles foi possível perceber a necessidade de recuperação do rio para que a atividade da pesca artesanal seja sócio e ambientalmente viável, principalmente devido à contaminação.
ISSN:2448-1998
2448-1998
DOI:10.18542/ethnoscientia.v6i1.10352