Consumo de antibióticos em regime ambulatório: panorama português 2015-2018

A resistência a antibióticos torna-se cada vez mais um problema preocupante em matéria de saúde pública. O elevado consumo de antibióticos para fins terapêuticos e profiláticos, nomeadamente quando usados inadequadamente, é um dos fatores que mais promove a resistência a agentes antimicrobianos. O p...

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Veröffentlicht in:Revista saúde em redes 2022-12, Vol.8 (3), p.329-345
Hauptverfasser: Nunes, Alexandre Morais, De Matos, Andreia Afonso
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:A resistência a antibióticos torna-se cada vez mais um problema preocupante em matéria de saúde pública. O elevado consumo de antibióticos para fins terapêuticos e profiláticos, nomeadamente quando usados inadequadamente, é um dos fatores que mais promove a resistência a agentes antimicrobianos. O presente trabalho tem por objetivo analisar a evolução do consumo de antibióticos em Portugal continental estimado a partir da prescrição médica e é expresso em DDD, forma agrupada por região, com destaque para alguns distritos, entre 2015 e 2018. Trata-se de um estudo observacional e descritivo que tem por base dados da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P (Infarmed). Como principais resultados se verificou que  o consumo total de antibióticos no período 2015-2018 variou entre 71.613.882,21 DDD e 73.143.461,37 DDD, o que representa um crescimento de a 2,1%, crescendo assim o uso de beta-lactâmicos (J01C), sulfonamidas (J01E), macrólidos (J01F), aminoglicosídeos (J01G) e outras antibactérias (J01X). Destaca-se ainda uma grande redução do uso de  quinolonas (J01M) com -18% e uma redução mais discreta das tetraciclinas (J01A) em 3,1%. Como principais conclusões verificou-se um aumento do uso de antibióticos no ambulatório em Portugal com um pico de consumo que alcançou 75.660.771,43 DDD em 2017. No ano seguinte registou-se uma redução do consumo em 3,3%, dando sinais de uma trajetória descendente. Contudo, o valor em 2018 apesar da redução é ainda elevado, sendo por isso necessário reforçar a promoção do uso racional dos antibióticos junto dos utentes e de cada médico prescritor.
ISSN:2446-4813
2446-4813
DOI:10.18310/2446-4813.2022v8n3p329-345