Práticas obstétricas e assistência ao parto: estudo de método misto

Identificar as práticas obstétricas empregadas na assistência ao parto e à associação entre condições obstétricas e sociodemográficas das mulheres com a via de parto. Estudo de método misto, do tipo concomitante, com 399 puérperas, por meio de entrevistas estruturadas e semiestruturadas, dados de pr...

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Veröffentlicht in:Saúde e Pesquisa 2024-03, Vol.17 (1), p.e12057
Hauptverfasser: Aparecida Baggio, Maria, Contiero, Ana Paula, Schapko, Taís Regina
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:Identificar as práticas obstétricas empregadas na assistência ao parto e à associação entre condições obstétricas e sociodemográficas das mulheres com a via de parto. Estudo de método misto, do tipo concomitante, com 399 puérperas, por meio de entrevistas estruturadas e semiestruturadas, dados de prontuários e caderneta da gestante, entre agosto de 2017 a março de 2018, em uma maternidade pública do Paraná. Utilizou-se análise de conteúdo e teste do qui-quadrado para analisar os dados. Foram identificadas frequentes intervenções obstétricas na assistência ao parto, sendo as principais: uso de ocitocina, amniotomia, exames vaginais repetidos, episiotomia. O parto vaginal esteve associado à idade materna, risco habitual, membranas rotas, dinâmica uterina ausente e dilatação uterina maior que cinco na admissão. Conclui-se que há uso frequente de práticas prejudiciais, ineficazes ou usadas de modo inadequado e incipiente uso de práticas que devem ser estimuladas.   Palavras-chave: Obstetrícia. Parto. Saúde da mulher.   INTRODUÇÃO No Brasil, dentre as principais políticas e programas de atenção à saúde da mulher, no tocante à assistência obstétrica, tem-se o Programa de Assistência à Saúde da Mulher (PAISM), implantado em 1984;1 o Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento (PHPN), iniciado no ano 2000; a Política Nacional da Saúde da Mulher (PNAISM), implantada em 2004, e a Rede Cegonha, em 2011.2-5 O estado do Paraná conta com a Rede Mãe Paranaense, implantada em 2012, cujo objetivo é a qualificação da assistência durante o pré-natal, parto e puerpério, visando a redução da morbimortalidade materna-infantil.6 No cenário mundial, em relação à qualidade da assistência ao parto, em 1996, a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou as práticas relacionadas ao parto normal em quatro categorias: práticas demonstradamente úteis, que devem ser estimuladas; práticas claramente prejudiciais ou ineficazes e que devem ser eliminadas; práticas sobre as quais não existem evidências suficientes para apoiar uma recomendação clara, e, por isso, devem ser usadas com cautela; e práticas frequentemente utilizadas de modo inadequado. Essas categorias foram atualizadas em 2018 e consideram a utilidade, efetividade e ausência de periculosidade das práticas obstétricas, e continuam sendo recomendadas, pois são embasadas em diversas evidências científicas.7 Da mesma forma, em 2017, no Brasil, ocorreu a publicação das Diretrizes Nacionais para Assistência ao Parto Normal, q
ISSN:2176-9206
2176-9206
DOI:10.17765/2176-9206.2024v17n1.e12057