Neoechinorhynchus curemai (Acanthocephala: Neoechinorhynchidae) como indicador de impactos ambientais no rio do Peixe, estado de São Paulo, Brasil

Nas últimas décadas os parasitos têm chamado muita atenção dos pesquisadores, sendo considerados como bons bioindicadores, já que exibem respostas diferentes frente ao estresse causado por alterações antrópicas. O objetivo do presente trabalho foi de analisar se o acantocéfalo parasito Neoechinorhyn...

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Veröffentlicht in:Diversitas Journal 2019-09, Vol.4 (3), p.764-773
Hauptverfasser: Abdallah, Vanessa Doro, Rosa Leite, Lucas Aparecido, Azevedo, Rodney Kozlowiski de
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:Nas últimas décadas os parasitos têm chamado muita atenção dos pesquisadores, sendo considerados como bons bioindicadores, já que exibem respostas diferentes frente ao estresse causado por alterações antrópicas. O objetivo do presente trabalho foi de analisar se o acantocéfalo parasito Neoechinorhynchus curemai, parasito de Prochilodus lineatus, reflete as condições ambientais de dois locais do rio do Peixe, localizado no estado de São Paulo. Sessenta espécimes de P. lineatus foram coletados entre janeiro e julho de 2012, em dois locais do rio: foz com o rio Tietê e na Lagoa Cabeça-de-Boi, com características ambientais e limnológicas diferentes. Foi realizada a análise físico-química da água e aplicada a técnica de Ressonância de Spin Eletrônico (ESR) para avaliar a captação de metais pelos parasitos. Os resultados da análise físico-química da água mostram que o trecho da foz do rio pode ser considerado uma área que sofre mais com as ações antropogênicas já que ali a prevalência e abundância de N. curemai foram mais baixas que as observadas na lagoa Cabeça-de-Boi. No espectro do ESR foi possível observar a presença de dois metais nos parasitos analisados: cobre e manganês. Foram determinadas as concentrações de 2,13 µg/g e 1,3 µg/g de Mn e 120 µg/g e 85 µg/g de Cu, nos espécimes coletados da foz e da lagoa, respectivamente, indicando uma maior concentração de centros paramagnéticos nas amostras de parasitos coletados de peixes obtidos da foz (p < 0,05). Com isso, é possível concluir que os acantocéfalos podem ser considerados bons indicadores de impactos ambientais uma vez que os organismos coletados de áreas consideradas como mais poluentes mostram uma maior concentração de metais e menor valores de prevalência e abundância médias.
ISSN:2525-5215
2525-5215
DOI:10.17648/diversitas-journal-v4i3.858