“Le ceneri di Gramsci”, poema de Pier Paolo Pasolini: a crise de 1956 e a proposta da cultura extrema

RESUMO A crise atual da esquerda levou-me a meditar sobre a crise dos comunistas, quando, no fatídico XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), em fevereiro de 1956, Khrushchov denunciou oficialmente o estalinismo. A denúncia foi abafada pela burocracia partidária, mas Pasolini nã...

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Veröffentlicht in:Revista Brasileira de Educação 2019, Vol.24
1. Verfasser: Nosella, Paolo
Format: Artikel
Sprache:por
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Zusammenfassung:RESUMO A crise atual da esquerda levou-me a meditar sobre a crise dos comunistas, quando, no fatídico XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), em fevereiro de 1956, Khrushchov denunciou oficialmente o estalinismo. A denúncia foi abafada pela burocracia partidária, mas Pasolini não se calou. Foi acusado de comunista herético, de extremista cultural. Hoje, quase todos reconhecem que seus versos tinham razão: “A dor / de vocês de não mais estarem na primeira frente / seria mais pura, se na hora / em que o erro, mesmo sendo puro, se paga, / tivessem a força de se confessarem culpados” (“As cinzas de Gramsci”). O poeta, diante do pobre e severo túmulo de Gramsci, não se envergonhou da acusação, mesmo discordando de certo misticismo cultural presente na fórmula da revista Ragionamenti. Cultura extrema ou máxima, para todo proletariado do campo e da cidade, é a estratégia gramsciana da hegemonia civil, integrando a luta política com a refinada cultura dos clássicos. RESUMEN La crisis actual de la izquierda me ha llevado a meditar sobre la crisis de los comunistas cuando, en el fatídico XX Congreso del Partido Comunista de la Unión Soviética (PCUS), en febrero de 1956, Khrushchov denunció oficialmente el estalinismo. La denuncia fue encubierta por la burocracia partidaria, pero Pasolini no se calló. Fue acusado de comunista herético, extremista cultural. Actualmente, casi todos reconocen que sus versos tenían razón: “el dolor / de que ustedes no están más en el primer frente / sería más puro, si en la hora / en que el error, aun siendo puro, se paga / tuviesen la fuerza de confesarse culpables” (Las cenizas de Gramsci). El poeta, delante de la pobre y severa tumba de Gramsci, no se avergonzó de la acusación, aunque no concordaba con cierto misticismo cultural presente en la fórmula de la Revista Ragionamenti. Una cultura extrema, o máxima, para todo el proletariado del campo y de la ciudad, es la auténtica estrategia gramsciana de hegemonía civil, integrando la lucha política con la refinada cultura de los clásicos. ABSTRACT The current crisis of the left led me to meditate on the communist crisis when, in the fateful twentieth congress of the Communist Party of the Soviet Union (CPSU), February 1956, Khrushchev officially denounced Stalinism. The denunciation was stifled by party bureaucracy, but Pasolini did not fall silent. He was accused of being a heretical communist, and a cultural extremist. Today, almost everyone recognizes that his ver
ISSN:1413-2478
1809-449X
1809-449X
DOI:10.1590/s1413-24782019240038