Currículo, ruídos e contestações: os povos indígenas na universidade

RESUMO A história curricular das universidades públicas brasileiras mostra seu compromisso com concepções e representações forjadas nas relações coloniais, de modo que, em seus espaços, formas de produção, validação, aplicação e circulação de conhecimentos ainda são disputadas com base em uma matriz...

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Veröffentlicht in:Revista Brasileira de Educação 2019, Vol.24
1. Verfasser: Kawakami, Érica Aparecida
Format: Artikel
Sprache:por
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Zusammenfassung:RESUMO A história curricular das universidades públicas brasileiras mostra seu compromisso com concepções e representações forjadas nas relações coloniais, de modo que, em seus espaços, formas de produção, validação, aplicação e circulação de conhecimentos ainda são disputadas com base em uma matriz epistemológica ocidental, eurocentrada, racializada. Nesse sentido, questiono se as presenças indígenas nas universidades, ampliadas na última década, podem constituir-se em possibilidade de produção de novos sentidos e de novos arranjos das diferenças. Tais presenças tendem a provocar rupturas nas matrizes curriculares, tensionando outras materializações do conhecimento? As categorias com as quais temos operado a definição desses conhecimentos dão conta da demanda indígena que literalmente ganha corpo na universidade? A experiência em curso em algumas universidades permitide conceber a presença indígena como possibilidade de deslocamentos curriculares. RESUMEN La historia curricular de las universidades públicas brasileñas muestra su compromiso con concepciones y representaciones forjadas en las relaciones coloniales, de modo que, en sus espacios, formas de producción, validación, aplicación y circulación de conocimientos todavía se disputan con base en una matriz epistemológica occidental, eurocentrada, racializada. En ese sentido, cuestiono si las presencias indígenas en las universidades, ampliadas en la última década, pueden constituirse en posibilidad de producción de nuevos sentidos y de nuevos arreglos de las diferencias. Tales presencias tienden a provocar rupturas en las matrices curriculares, tensando otras materializaciones del conocimiento? Las categorías con las que hemos operado la definición de esos conocimientos dan cuenta de la demanda indígena que literalmente gana cuerpo en la universidad? La experiencia en curso en algunas universidades permitió concebir la presencia indígena como posibilidad de desplazamientos curriculares. ABSTRACT Curricular history of Brazilian public universities has showed their commitment with conceptions and representations forged in colonial relationships, so that the forms of production, validation, application and knowledge circulation are still disputed based on a Western, Eurocentric, racialized epistemological matrix in their spaces. So, we question whether the indigenous presences in the universities, enlarged in the las decade, can constitute the possibility of producing new meaning and arrangements regardin
ISSN:1413-2478
1809-449X
1809-449X
DOI:10.1590/s1413-24782019240006