Manutenção das habilidades auditivas pós treinamento auditivo

Objetivo Verificar a eficácia do Treinamento Auditivo e a manutenção das habilidades auditivas treinadas após um, dois, ou três anos do seu término, com o intuito de comprovar a eficácia do treino em longo prazo. Métodos Dez crianças com alteração do processamento auditivo - graus variando entre leve a moderado, moderado e moderado a severo - passaram por um programa de treinamento auditivo de oito semanas e foram reavaliadas imediatamente após o treino (PÓS-1) e um, dois, ou três anos depois (PÓS-2). Resultados Foram observadas diferenças significativas no desempenho médio, entre a avaliação pré-treino e as avaliações PÓS-1 e PÓS-2, sem diferenças entre as duas últimas. Não foram observadas correlações entre o intervalo de tempo entre PÓS-1 e PÓS-2 e a diferença no desempenho dessas avaliações. Em PÓS-1, a maioria das avaliações apresentou-se dentro da normalidade, ou com alterações leves do PA, sendo que 60% dos indivíduos mantiveram tais resultados em PÓS-2. Conclusão Verificamos, neste estudo, que o Treinamento Auditivo é eficaz na intervenção dos Transtornos do Processamento Auditivo e que os benefícios obtidos após o treinamento se mantêm, mesmo após um, dois, ou três anos do seu término. Purpose The aim of the current study was to determine the efficacy of auditory training and to establish the long-term effectiveness of the acquired auditory abilities one, two or three years following the completion of the program. Methods Ten children, who presented abnormal auditory processing ranging in degree from mild-moderate, moderate, to moderate-severe, underwent an 8-week auditory training program. All participants were reassessed immediately after training (POST-1) and one, two or three years after training (POST-2). Results Significant differences were detected in average performance between the assessment made prior to auditory training (PRE) and POST-1 assessment, and between PRE and POST-2 assessments, but no significant differences were found between POST-1 and POST-2 assessments. No correlations were detected between POST-1 and POST-2 time interval, and the difference in performance between these two evaluations. The auditory processing assessments in POST-1 were considered normal, or were mildly altered. Further, 60% of the individuals achieved the same results in POST-2 assessment. Conclusion In the current study, we verified that auditory training is an effective intervention for Auditory Processing Disorders, and that the benefits obtained afte