Morte do sujeito: representação e limite real na clínica das psicoses

Resumo: Aborda-se a formulação lacaniana de que, em Schreber, houve um momento de 'morte do sujeito' que permitiu a construção do delírio estabilizador. Se o advento do sujeito é tributário da 'morte da coisa' perpetrada pelo significante, Lacan fala aqui da psicose, constituída...

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Veröffentlicht in:Ágora (Rio de Janeiro, Brazil) Brazil), 2016-12, Vol.19 (3), p.533-564
1. Verfasser: Tenório, Fernando
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Zusammenfassung:Resumo: Aborda-se a formulação lacaniana de que, em Schreber, houve um momento de 'morte do sujeito' que permitiu a construção do delírio estabilizador. Se o advento do sujeito é tributário da 'morte da coisa' perpetrada pelo significante, Lacan fala aqui da psicose, constituída pela não simbolização da castração. Discute-se a noção de 'segunda morte', forjada a propósito de Sócrates, de Antígona e do Cotard, e a Bejahung como afirmação primordial que inclui a negatividade. Conclui-se que a 'morte do sujeito' pode ser uma abertura para a representação ou um limite real para o psicótico, expondo às passagens ao ato e evoluções demenciais. Abstract: The paper discusses Lacan's proposal that Schreber's stabilization was made possible by a moment of 'death of the subject.' The advent of the subject is related with the 'death' of the thing itself perpetrated by the signifier. Here, Lacan mentions its relation to psychosis, in which there's a non-symbolization of castration. We discuss the notion of 'second death', related to Socrates, Antigone and Cotard, and the Bejahung as an original affirmation which includes the negativeness. We conclude that the 'death of the subject' can be an opening to the representation or a 'real' limit to the psychotic, presenting the risk of passages to the act and 'dementia-like' evolutions.
ISSN:1516-1498
1516-1498
DOI:10.1590/S1516-14982016003010