Diferenciais de gênero no trabalho docente e repercussões sobre a saúde

Em diferentes áreas disciplinares, os homens têm sido considerados o padrão-ouro, com o qual as mulheres vêm sendo comparadas. A generalização de achados obtidos em estudos conduzidos em homens para a realidade vivenciada pelas mulheres pode não ser adequada. Este estudo avaliou a hipótese de que, n...

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Veröffentlicht in:Ciência & saude coletiva 2006-12, Vol.11 (4), p.1117-1129
Hauptverfasser: Araújo, Tânia Maria de, Godinho, Tiana Mascarenhas, Reis, Eduardo J F B dos, Almeida, Maura Maria G de
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Zusammenfassung:Em diferentes áreas disciplinares, os homens têm sido considerados o padrão-ouro, com o qual as mulheres vêm sendo comparadas. A generalização de achados obtidos em estudos conduzidos em homens para a realidade vivenciada pelas mulheres pode não ser adequada. Este estudo avaliou a hipótese de que, no interior da escola, reproduzem-se as relações de gênero observadas na sociedade, persistindo diferenças de atribuições e de valorização social do trabalho segundo o gênero. Realizou-se estudo epidemiológico censitário, do tipo corte transversal com 794 professores (47 homens e 747 mulheres) da rede municipal de ensino de Vitória da Conquista (BA). As mulheres tinham menor nível de escolaridade do que os homens (p=0,001); estavam há mais tempo na docência (10,6 contra 5,8 anos; p=0,001), apresentaram maior carga horária semanal de trabalho (p=0,027); tinham maior proporção de alta sobrecarga doméstica (33% contra 2,3%; p=0,0001) e referiram menor nível de participação no processo decisório do que os homens; porém tinham menor número de turmas (2,3 contra 4,3; p=0,001). Os problemas de saúde estudados foram mais freqüentes entre as mulheres, com exceção do consumo abusivo de álcool. A escola possui claras diferenciações no que se refere ao gênero, mantendo relações que destinam às mulheres atividades de menor qualificação. Men have been taken as the Golden Standard to which women should be compared in a variety of areas. A generalization of results obtained in studies carried out in male populations applied to the reality experienced by women however does not seem suitable. This study investigated the hypothesis of the same gender differentials prevailing in the society being reproduced in the school environment, characterized by different duties and gender-related social valorization of the work. A cross-sectional study investigated 794 teachers (47 men and 747 women) from municipal schools in Vitória da Conquista, State of Bahia, Brazil. The women had a lower educational level than the men (p=0.001), have been teaching for a longer time (10.6 against 5.8 years; p=0.001), referred a higher number of work hours per week (p=0.02), had higher domestic workload (33% against 2.3%; p=0.0001) less participation in the decision-making process but attended a lower number of classes than the men (2.3 against 4.3; p=0.0001). With exception to alcohol abuse, women presented more frequently with health problems than men. We observed clear gender-related differentiations in
ISSN:1413-8123
1413-8123
DOI:10.1590/S1413-81232006000400032