Brincadeiras de faz-de-conta em crianças autistas: limites e possibilidades numa perspectiva evolucionista

A constatação da presença universal da brincadeira na infância sugere que tal comportamento deva ter grande valor adaptativo para a espécie. Apesar de universal, a brincadeira sofre interferência do estado desenvolvimental do indivíduo. Crianças com autismo, por exemplo, apresentam dificuldades no b...

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Veröffentlicht in:Estudos de psicologia (Natal, Brazil) Brazil), 2009-12, Vol.14 (3), p.231-238
Hauptverfasser: Fiaes, Carla Silva, Bichara, Ilka Dias
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:A constatação da presença universal da brincadeira na infância sugere que tal comportamento deva ter grande valor adaptativo para a espécie. Apesar de universal, a brincadeira sofre interferência do estado desenvolvimental do indivíduo. Crianças com autismo, por exemplo, apresentam dificuldades no brincar, o que nos leva a questionamentos sobre a natureza da sua brincadeira simbólica, se todo faz-de-conta necessariamente inclui teoria da mente e porque um fenômeno considerado universal surge de modo tão atípico no autismo. O artigo discute essas questões à luz da psicologia evolucionista, ilustrando relatos de brincadeiras espontâneas de crianças autistas coletados em instituições educacionais na cidade de Salvador (BA). Os resultados sugerem que os episódios de faz-de-conta envolvem freqüentemente a presença de objetos como apoio para o desenvolvimento da brincadeira. Tal fato está em acordo com a descrição de alguns autores sobre o desenvolvimento do faz-de-conta, com seu início mais sustentado por objetos e independente de metarepresentação. The universal presence of play into the infancy suggests that this behavior must to have a great value adaptative to specie. Although universal, the play receive interference of developmental degree, as children with autism. The difficulties presented by autistic children on the play have came questions about the nature of symbolic play, if all make-believe include theory of mind and why a phenomenon universal emerge of differentiated way in the autism. The article discuss this questions to view of evolutionary psychology, illustrating relates of autistic children's spontaneous play collecting in educational institutions in the Salvador's City. The results suggests that the make believe episodes involves the presence of objects as supportive to developmental of the play. This fact is in accord with the description of some authors about the make-believe developmental, with the start more sustained for objects and independent of metarepresentation.
ISSN:1413-294X
1413-294X
DOI:10.1590/S1413-294X2009000300007