Ameaça e controle da gripe A(H1N1): uma análise discursiva de Veja, IstoÉ e Época
Em 2009, o aparecimento de casos da gripe A(H1N1) - a chamada gripe suína - em 207 países indicou o registro da primeira pandemia do século XXI, como já previam os informes dos órgãos sanitários há alguns anos. No Brasil, foram confirmados 27.850 casos de suína, dos quais 1.632 evoluíram a óbito, re...
Gespeichert in:
Veröffentlicht in: | Saúde e sociedade 2012-06, Vol.21 (2), p.302-313 |
---|---|
Hauptverfasser: | , |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng |
Online-Zugang: | Volltext |
Tags: |
Tag hinzufügen
Keine Tags, Fügen Sie den ersten Tag hinzu!
|
Zusammenfassung: | Em 2009, o aparecimento de casos da gripe A(H1N1) - a chamada gripe suína - em 207 países indicou o registro da primeira pandemia do século XXI, como já previam os informes dos órgãos sanitários há alguns anos. No Brasil, foram confirmados 27.850 casos de suína, dos quais 1.632 evoluíram a óbito, representando 18,6% das mortes mundiais e 27,7% no continente americano, segundo dados do Ministério da Saúde (2009). Os meios de comunicação brasileiros bem como os de outros países vincularam o surgimento da gripe suína como uma "reedição" diferenciada da gripe espanhola, devido à identificação de um novo subtipo de vírus da gripe que podia ser tão letal quanto a antiga. Um temor semelhante havia sido vivenciado também com a gripe aviária, em 1997, que levou autoridades a permanecerem em estado de alerta. Este artigo tem por objetivo avaliar a produção das notícias sobre a gripe A(H1N1) nas três principais revistas de circulação nacional do Brasil. Para tanto, escolhemos as oito capas de Veja, IstoÉ e Época em que a doença foi destaque nos primeiros meses da pandemia, em 2009. Tomando como base noções ligadas à Análise do Discurso e às Teorias do Jornalismo, as análises indicam que o noticiário se divide em duas fases, enfatizando, inicialmente, o alarme provocado pelo medo diante do novo vírus e das mortes registradas e, em seguida, o controle pela constatação de que a moléstia representava menos risco do que se imaginava, além das ações para combatê-la.
In 2009, the emergence of cases of influenza A(H1N1) - the popular flu - in 207 countries indicated the registration of the first pandemic of the XXI century, as predicted in reports from health authorities some years ago. In Brazil, 27,850 cases of swine were confirmed, of which 1,632 died, representing 18,6% of deaths worldwide and 27,7% in the Americas, according to the Health Ministry of Brazil (2009). The media have linked the emergence of flu as a differentiated 'new edition' of flu, due to the identification of a new subtype of influenza virus that could be as lethal as the old one. A similar fear to what had been experienced also with avian influenza in 1997, prompting officials to remain on alert. This article aims to evaluate the production of news on influenza A(H1N1) in the three main national magazines in Brazil. We chose to analyze the eigth covers of magazines Veja, IstoÉ and Época published during the first months of the pandemic, in the beginning of 2009. Based on concepts of Discourse Analysis |
---|---|
ISSN: | 0104-1290 0104-1290 |
DOI: | 10.1590/S0104-12902012000200005 |