Rumo ao ecofeminismo queer

O presente texto propõe uma mudança de rumo para o ecofeminismo. Se a conexão simbólica entre mulheres e natureza era criticada por essa perspectiva teórica, a discussão sobre os modos pelos quais nossa imagem de natureza é heterossexualizada e as conexões entre diversidade sexual e natureza não era...

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Veröffentlicht in:Estudos feministas 2011-04, Vol.19 (1), p.197-223
1. Verfasser: Gaard, Greta Claire
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Zusammenfassung:O presente texto propõe uma mudança de rumo para o ecofeminismo. Se a conexão simbólica entre mulheres e natureza era criticada por essa perspectiva teórica, a discussão sobre os modos pelos quais nossa imagem de natureza é heterossexualizada e as conexões entre diversidade sexual e natureza não eram exploradas. Gaard afirma que a cultura ocidental é fundada em um medo ou repulsa não apenas de práticas homoafetivas, mas do erotismo como um todo. A isso chama erotofobia, e é por causa dela que práticas sexuais-afetivas não reprodutivas são entendidas como desvio moral ou perversão. Para mostrar que a erotofobia está na raiz de muitas práticas, Gaard analisa a história do cristianismo e da colonização da América, tentando mostrar que nesses exemplos históricos podemos ver como as conexões entre a opressão de mulheres, das sexualidades queer, de pessoas não brancas e da natureza estão interligadas. Esse cuidado em pensar tais ligações e uma vontade de repensar e liberar o erótico caracterizariam uma perspectiva queer para o ecofeminismo. The present paper proposes a shift in ecofeminism. If this theorethical perspective already criticized the women-nature symbolic connection, it has not explored yet the connections between sexual diversities and nature and the discussions about our heteronormative projections in nature. Gaard states that Western culture has its grounds in a fear or hatred not only of homosexuals and their sexual intercourse, but of eroticism in general. She names it erotophobia, and it is because of erotophobia that non-reproductive sexual acts are viewed as moral deviation or perversion. To show us how pervasive erotophobia is she analyzes the history of Christianity and the colonization of America to highlight the conections between different forms of oppression (of women, of queer sexualities, of non-white people, of nature). What characterizes a queer perspective in ecofeminism is exactly the attention to thinking those interconnections and a will to rethink and liberate the erotic as a form of power.
ISSN:0104-026X
0104-026X
DOI:10.1590/S0104-026X2011000100015