Epistemofagia transformadora: saberes locais e inclusão no ensino superior brasileiro

Este texto apresenta o conceito de "epistemofagia" em referência ao movimento cultural brasileiro modernista dos anos 1920. Em seguida, descreve um programa universitário analisado como "epistemofágico", já que desenvolvido com o propósito explícito de (1) desafiar pressupostos s...

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Veröffentlicht in:Educação em revista 2011-08, Vol.27 (2), p.249-276
1. Verfasser: Jordão, Clarissa Menezes
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:Este texto apresenta o conceito de "epistemofagia" em referência ao movimento cultural brasileiro modernista dos anos 1920. Em seguida, descreve um programa universitário analisado como "epistemofágico", já que desenvolvido com o propósito explícito de (1) desafiar pressupostos sobre a natureza do conhecimento acadêmico, como ele é construído, valorizado e distribuído, bem como de (2) apresentar alternativas às posições de sujeito ocupadas por professores e alunos universitários. Na tentativa de incluir conhecimentos locais na cena acadêmica, esse programa universitário, portanto, é concebido, aqui, como demandando, por um lado, uma epistemologia do conhecer como uma atividade colaborativa e contextualmente construída, e, por outro, possibilitando uma ontologia informada por identidades locais e globais em sua relação com o conhecimento institucionalizado. This text starts from contextualizing higher education in Brazil in terms of identity and culture, and presenting the idea of "epistemophagy" in reference to a modernist Brazilian cultural movement of the 1920's. It then moves on to a description and analysis of a specific "epistemophagic" university program designed to challenge assumptions of what constitutes academic knowledge, how it is formed, valued and distributed, as well as to develop alternatives to subject positions occupied by university professors and students. In an attempt to include local knowledge in the academic scene, this higher education program therefore is conceived as claiming, on the one hand, for an epistemology that views knowledge as collaboratively and contextually built and, on the other hand, an ontology that seeks to reexamine local and global identities in their relation to institutionalized knowledge.
ISSN:0102-4698
0102-4698
DOI:10.1590/S0102-46982011000200012