Dennett e Chalmers: argumentos e intuição
Chalmers e Dennett se encontram em lados opostos da discussão do problema da consciência. Para Chalmers, ela é um dado indubitável que não pode ser explicada em termos de outra coisa. Para Dennett, o que existe verdadeiramente são múltiplos julgamentos sobre nossa consciência. Cada um acusa o outro...
Gespeichert in:
Veröffentlicht in: | Transformação 2006, Vol.29 (2), p.123-132, Article 123 |
---|---|
1. Verfasser: | |
Format: | Artikel |
Sprache: | eng |
Online-Zugang: | Volltext |
Tags: |
Tag hinzufügen
Keine Tags, Fügen Sie den ersten Tag hinzu!
|
Zusammenfassung: | Chalmers e Dennett se encontram em lados opostos da discussão do problema da consciência. Para Chalmers, ela é um dado indubitável que não pode ser explicada em termos de outra coisa. Para Dennett, o que existe verdadeiramente são múltiplos julgamentos sobre nossa consciência. Cada um acusa o outro de circularidade. Isto só é possível porque a diferença entre estas duas teorias é verdadeiramente uma diferença de princípios. A mesma oposição que encontramos no aparato teórico encontramos também em suas pressuposições mais básicas e fundamentais. Este fato torna extremamente difícil escolher entre as duas ao mesmo tempo em que radicaliza a diferença entre elas. De um lado temos que argumentos podem refutar intuições, de outro temos que é preciso primeiro sondar nossas intuições para depois criar argumentos a partir delas. Entre um extremo e outro nos encontramos com o velho dilema de "o que vem primeiro?". No entanto, mais importante do que escolher lados é mostrar o quanto é difícil escolher.
Chalmers and Dennett are at opposite sides of the debate on the problem of conciousness. For Chalmres, conciousness is an unquestionable fact that cannot be explained by something else. For Dennett, what exists is really multiple judgements about our conciousness. Each author accuses the other of circularity. This is only possible because the difference between the two theories is actually a difference of principles. The same opposition that we find in their theoretical apparatus we also find on their more fundamental and basic premises. This feature .makes it very difficult to choose one of the two theories, while it also radicalizes the difference bewteen them. On one side we have arguments that can refute intuitions, on the other we find that that one must first scrutinize our intuitions to then create arguments based on them. Between the two extreems we meet with the old dilemma of "what came first?". However, more important than to choose sides is to show how difficult the choice is. |
---|---|
ISSN: | 0101-3173 0101-3173 |
DOI: | 10.1590/S0101-31732006000200010 |