Intervenções na sala de espera: rompendo o silêncio do trabalhador

Resumo Objetivo: analisar os resultados obtidos com a implantação de um espaço grupal de acolhimento na sala de espera de um Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), utilizada como ferramenta de acesso ao trabalhador e ambiente de mobilizações interventivas. Métodos: pesquisa-intervenç...

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Veröffentlicht in:Revista brasileira de saúde ocupacional 2018-10, Vol.43 (suppl 1)
Hauptverfasser: Silva, Alda Karoline Lima da, Queiroz, Jéssica Luana Fernandes de, Caraballo, Gimena Pérez, Torres, Camila Costa, Bendassolli, Pedro Fernando
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Zusammenfassung:Resumo Objetivo: analisar os resultados obtidos com a implantação de um espaço grupal de acolhimento na sala de espera de um Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), utilizada como ferramenta de acesso ao trabalhador e ambiente de mobilizações interventivas. Métodos: pesquisa-intervenção realizada em 2016. Foram desenvolvidas 20 intervenções na sala de espera do serviço, abertas aos usuários que desejassem participar. Organizaram-se rodas de conversas temáticas sobre o mundo do trabalho e o processo saúde-doença, registradas em diários de campo, com 4 a 15 participantes e duração média de 40 minutos. Resultados: apontam-se dois eixos de estruturação: a violência no trabalho e o sofrimento pela atividade de trabalho, destacando-se a ruptura do silêncio do trabalhador, seus modos de sofrimento e a dialogicidade sobre o processo saúde-doença, assim como a ampliação do acolhimento estritamente clínico-especializado para uma ótica de análise do trabalho. Conclusão: a construção de um espaço grupal de acolhimento na sala de espera foi essencial na elaboração de vínculos e na produção de saúde a partir da troca de saberes e afetos, sem substituir os grupos terapêuticos, de modo a ampliar a rede de apoio ofertada ao trabalhador. Abstract Objective: to analyze the results that came out after a collective space for users embracement was allocated in the waiting room of an Occupational Health Reference Center (Cerest) and the employment of this space as a tool for accessing workers as well as an environment for intervention and mobilizations. Methods: intervention study. In 2016, 20 interventions, open for all users who wanted to participate, were carried out in the waiting room. Thematic conversations rounds about the world of work and the health-disease process were organized. They lasted for an average of 40 minutes, with 4 to 15 participants, and were recorded in field diaries. Results: two structural axes were pointed out: violence at work and work-related suffering. The following was highlighted: the workers’ silence breaking, their ways of suffering, and the dialogic exchange about the health-disease process, as well as the enlargement of user embracement, moving it from a strictly specialized clinical process to a work analysis perspective. Conclusion: the construction of a collective space for users embracement in the waiting room was fundamental for forging bonds and producing health by exchanging knowledge and fondness, without replacing ther
ISSN:0303-7657
2317-6369
DOI:10.1590/2317-6369000018717