“Nós, deuses no exílio!”: Heine, Nietzsche e os “erros” do homem sobre si mesmo

Resumo A partir da concepção de que filosofia, para Nietzsche, é a arte da transfiguração, o texto analisa como Nietzsche incorpora e transfigura Os deuses no exílio, de Heinrich Heine. Nietzsche teria invertido a perspectiva do problema posto por Heine, bem como o seu procedimento expositivo: se o...

Ausführliche Beschreibung

Gespeichert in:
Bibliographische Detailangaben
Veröffentlicht in:Cadernos Nietzsche 2020-01, Vol.41 (1), p.83-103
1. Verfasser: Kaufmann, Sebastian
Format: Artikel
Sprache:por
Schlagworte:
Online-Zugang:Volltext
Tags: Tag hinzufügen
Keine Tags, Fügen Sie den ersten Tag hinzu!
Beschreibung
Zusammenfassung:Resumo A partir da concepção de que filosofia, para Nietzsche, é a arte da transfiguração, o texto analisa como Nietzsche incorpora e transfigura Os deuses no exílio, de Heinrich Heine. Nietzsche teria invertido a perspectiva do problema posto por Heine, bem como o seu procedimento expositivo: se o poeta traz o que seria uma humanização e aburguesamento dos antigos deuses como ato de degradação cósmica pelo qual a ascensão do cristianismo seria culpada, Nietzsche analisa a equivocada autodivinização do homem por meio da moral como megalomania trágica, cuja consequência seria a invocação do sofrimento da existência terrena e a esperança numa vida melhor, supraterrena. Abstract Taking Nietzsche´s comprehension of philosophy as the art of transfiguration, the text analyses how the philosopher incorporates and transfigures The Gods in Exile, from Heinrich Heine. The philosopher would have inverted the perspective of the problem settled by Heine and his expositive procedure: if the poet bring us what would be an humanization and a “gentifrication” of the ancient gods as a cosmic degradation act by which the ascension of Christianity would be blamed, Nietzsche analyses the mistaken autodivinization of man through morals as a tragic megalomania, whose consequence would be the invocation of a suffering at the core of earthly existence and a hope in a better, ethereal life.
ISSN:1413-7755
2316-8242
2316-8242
DOI:10.1590/2316-82422020v4101sk