Indagações sobre a pobreza: o que dizem as crianças matriculadas na educação infantil

RESUMO Este artigo provém das indagações que surgiram nos encontros com crianças de 5 e 6 anos, matriculadas em uma turma de um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), localizado em um bairro periférico da cidade de Vitória, no Espírito Santo. Investiga o modo como as crianças compreendem a po...

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Veröffentlicht in:Educar em revista 2024, Vol.40
Hauptverfasser: Matiazzi, Shellen de Lima, Simões, Renata Duarte, Vieira, Alexandro Braga
Format: Artikel
Sprache:por
Online-Zugang:Volltext
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Zusammenfassung:RESUMO Este artigo provém das indagações que surgiram nos encontros com crianças de 5 e 6 anos, matriculadas em uma turma de um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), localizado em um bairro periférico da cidade de Vitória, no Espírito Santo. Investiga o modo como as crianças compreendem a pobreza e o que (re)produzem a partir dos imaginários sociais sobre ela, ao passo que problematiza essa condição social conceituando-a como um fenômeno complexo e de múltiplas facetas. Como metodologia, adota a pesquisa participante, com a realização de rodas de conversas e a produção de desenhos pelas crianças, elementos pertinentes ao cotidiano pedagógico da Educação Infantil. Para fundamentar o debate, recorre a autores como Arroyo (2019), Sarmento (2002, 2004) e Rego e Pinzani (2014). Os resultados evidenciam que as crianças não estão alheias aos contextos empobrecidos em que vivem, anunciando como interpretam a condição de pobreza e lidam com ela. As crianças entendem que essa condição pressupõe a negação de direitos fundamentais, como direito à moradia e à alimentação, além da privação da utilização de serviços sociais básicos. Considerando que as crianças são sujeitos de conhecimentos e culturas, a escola não pode negligenciar o debate sobre a temática da pobreza na Educação Infantil, buscando superar visões moralizantes. ABSTRACT This article comes from the questions that arose in meetings with children aged 5 and 6, enrolled in a class at a Municipal Center for Early Childhood Education (CMEI), located in a peripheral neighborhood of the city of Vitória, in Espírito Santo. It investigates how children understand poverty and what they (re)produce from the social imaginaries about it while problematizing this condition by conceptualizing it as a complex phenomenon with multiple facets. As a methodology, it adopts participatory research, with conversation circles and the production of drawings by children, elements relevant to the pedagogical routine of Early Childhood Education. To support the debate, it uses authors such as Arroyo (2019), Sarmento (2002, 2004), and Rego and Pinzani (2014). The results show that children are not alien to the impoverished contexts in which they live, announcing how they interpret the condition of poverty and deal with it. Children understand that this condition presupposes the denial of fundamental rights, such as the right to housing, food, and deprivation of the use of basic social services. Considering that children are s
ISSN:0104-4060
1984-0411
DOI:10.1590/1984-0411.88542