Caboclos e Orixás no Terreiro: modos de conexão e possibilidades de simbiose

Resumo Entidades brasileiras, donas da terra, caboclos são presença marcante nos candomblés de Salvador, onde são cultuados os orixás, divindades africanas. Neste trabalho, discutimos o modo como eles se conectam no terreiro de candomblé e nos corpos dos adeptos. Procuramos mostrar que essas conexõe...

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Veröffentlicht in:Religião e sociedade 2018-04, Vol.38 (1), p.84-109
Hauptverfasser: Rabelo, Miriam C. M., Aragão, Ricardo
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Zusammenfassung:Resumo Entidades brasileiras, donas da terra, caboclos são presença marcante nos candomblés de Salvador, onde são cultuados os orixás, divindades africanas. Neste trabalho, discutimos o modo como eles se conectam no terreiro de candomblé e nos corpos dos adeptos. Procuramos mostrar que essas conexões constituem exemplo de simbiose no contexto do que a filósofa Isabelle Stengers denomina ecologia das práticas: são conexões parciais entre seres que, embora relacionados por interesses comuns, seguem divergindo. Conforme argumentamos, oportunidades de simbiose desenham-se na dinâmica espacial do terreiro e apoiam-se em uma ética sutil que maneja a distância entre termos que se atraem. Abstract Brazilian spirit entities, known as owners of the land, caboclos are a strong presence in the candomblé houses of Salvador, where African gods, the orixás, are worshipped. In this paper, we discuss how these entities are connected in the Candomblé houses (terreiros) and in the body of practitioners. We try to show that these connections can be taken as examples of symbiosis in the context of what the philosopher Isabelle Stengers calls an ecology of practices symbiosis: they are partial connections between beings that go on diverging despite being related by common interests. We argue that opportunities of symbiosis are given in the spatial dynamics of terreiros and rest upon an ethics that manages the distance between entities that are attracted to one another.
ISSN:0100-8587
1984-0438
DOI:10.1590/0100-85872018v38n1cap04