CARTOGRAFIA DA (IN)SEGURANÇA NAS CIDADES PEQUENAS: UMA EXPERIÊNCIA EM ARROIO DO PADRE/RS

A segurança é um tema emergente na contemporaneidade e ecoa diretamente sobre questões da arquitetura e urbanismo. Nesse sentido, apresento uma reflexão sobre a segurança nas cidades pequenas, atrelada as experiências enquanto arquiteta-urbanista-cartógrafa no território de Arroio do Padre, localiza...

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Veröffentlicht in:Pixo 2018-04, Vol.2 (4)
1. Verfasser: Detoni, Luana Pavan
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:A segurança é um tema emergente na contemporaneidade e ecoa diretamente sobre questões da arquitetura e urbanismo. Nesse sentido, apresento uma reflexão sobre a segurança nas cidades pequenas, atrelada as experiências enquanto arquiteta-urbanista-cartógrafa no território de Arroio do Padre, localizado no Rio Grande do Sul. O município com 124 Km² de área e 2.730 habitantes, sendo desses apenas 454 considerados urbanos, apresenta uma condição peculiar de fronteira enclave com o município de Pelotas, do qual se emancipou recentemente em 1996.Inicialmente encantada com o imaginário de um território pequeno, fui atraída por supostos valores de segurança. Vistos através das noções de tranquilidade de um lugar pacato, da vigilância natural fruto das relações de vizinhança e da afinidade entre os espaços públicos e privados, dentre outras singularidades. De fato, poderia ser seduzida esteticamente por esta cidadezinha extremamente ajardinada, limpa e organizada, com casas que assinalavam uma qualidade arquitetônica, desde as antigas até as mais recentes. A cada encontro com as intervenções típicas das artes do saber, questionava sobre a presença das características dignas de uma literatura menor. O ato de criação a partir da reciclagem dos materiais observada nos cata-ventos, nas decorações de Natal, nas floreiras, nos balaços, e os cuidados com as outras formas de vida, as vegetações, desde a ação de aparar a grama, até a execução deum suporte para apoiar o crescimento das árvores. Poderiam ser essas falácias das características desterritorializantes, das micropolíticas e dos enunciados coletivos?Ás vezes faz-se necessário um fato esdrúxulo que cause o movimento do ritornelo, desterritorialização, reterritorialização, territorialização, algo que desacomode e seja capaz de romper com os imaginários pré-concebidos. Sob a sensação lúgubre de um dia chuvoso, em uma cidade que contém na área central um cemitério junto à igreja, o percurso passou a revelar fechamentos. A partir de duas abordagens hostis, a primeira a fim de investigar a identidade e procedência, a segunda em prol da defesa da população, e também através dos cães de guarda e pela materialização frequente de cercas e muros. Haveria relações de simulacro entre os modos de vida em Arroio do Padre e os modos de vida presente nos condomínios fechados? Ambos não contêm praças, nem transeuntes, quiçá os homens lentos, ordinários ou errantes. Não obstante, foi possível realizar uma cartográfica sensível, marqu
ISSN:2526-7310
2526-7310
DOI:10.15210/pixo.v2i4.13094