INFLUÊNCIA DA PLUVIOSIDADE E COBERTURA FLORESTAL NA ÁREA SUPERFICIAL DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA CANTAREIRA (2003-2014)

O Brasil vem sendo marcado por intensa crise hídrica em diversas regiões, levando a população ao racionamento de água. Os reservatórios do sistema Cantareira, principal sistema de abastecimento da região metropolitana de São Paulo, atingiram níveis críticos em 2014. Este trabalho teve como objetivo...

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Veröffentlicht in:Revista brasileira de cartografia 2018-08, Vol.69 (9)
Hauptverfasser: Machado, Carolyne Bueno, Aragão, Luiz Eduardo Oliveira e Cruz
Format: Artikel
Sprache:eng
Online-Zugang:Volltext
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Beschreibung
Zusammenfassung:O Brasil vem sendo marcado por intensa crise hídrica em diversas regiões, levando a população ao racionamento de água. Os reservatórios do sistema Cantareira, principal sistema de abastecimento da região metropolitana de São Paulo, atingiram níveis críticos em 2014. Este trabalho teve como objetivo geral avaliar a relação entre precipitação acumulada, cobertura florestal e a área superficial do reservatório Jaguari-Jacareí no período chuvoso de 2003 a 2014. Além disso, uma análise de tendência temporal de precipitação foi conduzida nas sub-bacias hidrográficas principais onde o sistema está inserido. Uma avaliação dos padrões espaciais das formações florestais das sub-bacias dos reservatórios também foi realizada. Os índices de precipitação foram relacionados com a área superficial do reservatório Jaguari-Jacareí. 80% da área de contribuição dos reservatórios apresentaram tendências negativas de precipitação. Os baixos índices pluviométricos em 2014 (45% da média para o período) não foram associados com perda de cobertura por vegetação desde 2003, no entanto, as sub-bacias com maior percentual de vegetação demonstraram tendências de precipitação menos negativas, associadas com a capacidade da vegetação em regular o clima, podendo amenizar os períodos de estiagem. O comportamento do reservatório principal possuiu grande correlação (R>0,7) com a precipitação acumulada em dezembro, janeiro e fevereiro. Assim, os baixos índices pluviométricos somados ao abastecimento já insuficiente e ao constante crescimento dos municípios abastecidos causaram a crise dos reservatórios do Cantareira.
ISSN:0560-4613
1808-0936
DOI:10.14393/rbcv69n9-44084